OPAS/OMS assina acordo com hospitais privados em programa de redução de mortalidade materna

Com o intuito de promover melhores práticas e compartilhar protocolos na luta pela redução da mortalidade materna, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) anunciou, na quinta-feira (15), a assinatura de um acordo de cooperação técnica com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp).

“Não podemos continuar perdendo mulheres que estão dando origem a novas vidas. Para nós, da OPAS, é uma honra assinar esse acordo e estreitar nosso contato. A qualidade dos profissionais que atuam nesses hospitais privados vai nos ajudar a difundir as melhores práticas”, celebrou Socorro Gross, médica e representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil.

A assinatura do acordo aconteceu no encontro online “Desafios na redução da mortalidade materna durante o enfrentamento da pandemia de COVID-19”, que deu continuidade ao programa previamente firmado entre a Anahp e a OPAS/OMS para levar às maternidades privadas associadas a estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia (0MMxH).

“Agradeço, em nome dos nossos hospitais, todo o acolhimento da OPAS. Em pouco tempo, vamos poder comemorar a redução da mortalidade materna”, comentou Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração da Anahp.

O evento contou com a moderação de Monica Siaulys, coordenadora médica do Centro de Ensino de Pesquisa e Inovação no Grupo Santa Joana; e a participação de Antônio Rodrigues Braga Neto, diretor do departamento de Ações Programáticas e Estratégicas da Secretaria de Atenção Primária em Saúde do Ministério da Saúde; Rita Sanchez, coordenadora do setor de Medicina Fetal do departamento Materno-infantil do Hospital Israelita Albert Einstein e do Programa Parto Adequado; e Suzanne Serruya, diretora do Centro Latino-Americano de Perinatologia (CLAP/OPAS).

Durante o debate, os participantes destacaram a dificuldade da separação de fluxos nas maternidades e da manutenção do pré-natal como os principais desafios em tempos de Covid. “Apesar da pandemia, não tivemos aumento de mortes maternas por sepse, mas registramos um número maior de internações e óbitos por hipertensão, o que demostra que muitas gestantes deixaram de fazer o acompanhamento durante o período de isolamento social”, salientou Rita.

Zero Morte Materna por Hemorragia

Em 2019, a Anahp e a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) firmaram uma parceria para levar às maternidades privadas associadas a estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia (0MMxH).

O programa – composto por um cronograma de implementação anual, que contempla atividades como reuniões de trabalho e oficinas para qualificação de profissionais das instituições associadas – precisou ser temporariamente suspenso, em março deste ano, em função do momento atípico que o país tem passado com a pandemia.

Redação

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