Sorrir é o melhor remédio. É com esse pensamento que o Serviço de Terapia Ocupacional (TO) do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE) comemora o Dia Nacional do Riso (6 de novembro) e leva emoção aos pacientes internados com Covid-19. O trabalho será tema de estudo científico. São vídeos que registram pacientes que, mesmo sedados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), produzem reações fisiológicas, como o aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial, geram sorrisos e movimentos corporais reativos por meio de áudios e vídeos de familiares.
O trabalho da TO com pacientes Covid-19 foi iniciado em 14 de julho e já soma mais de 550 atendimentos, mostrando resultados positivos na recuperação dos pacientes durantes os dois atendimentos semanais. Este trabalho será registrado em duas pesquisas, a primeira irá falar sobre “Atuação da TO e um Olhar da Equipe” para mostrar como o resultado do trabalho impactou positivamente as ações das equipes de atendimento do HSPE. A segunda será “O Quanto a Atuação da TO impactou nas Famílias”.
“O trabalho que realizamos é uma forma de proporcionar alegria e emoção aos pacientes que não têm condições de receber visitas nesse momento. Conseguimos levar emoção, como a risada em família e reações perceptíveis em pacientes, com melhora clínica em que não podem receber visitas neste momento”, explicou a terapeuta ocupacional Tatiana Vieira do Couto.
Essencial na recuperação dos pacientes e no acompanhamento pós-Covid-19, a Terapia Ocupacional passou a frequentar as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) levando mensagens que são capazes de proporcionar mais qualidade de vida, alegrias e risadas aos pacientes internados e seus familiares que estão em casa.
A Sra. Luzanir Suzuki Diniz ficou internada durante 48 dias, 39 dias somente na UTI. Para sua família, o trabalho da Terapia Ocupacional ofereceu um conforto maior e aproximou ainda mais o paciente de seus familiares.
“É a coisa do riso mesmo, de trazer para gente um tratamento humanizado. O cuidado não só com o paciente, mas com a família. O trabalho das meninas da TO junto com a Psicologia e Cuidados Paliativos foi fundamental neste processo para trazer conforto, sentir mais próximo do tratamento que minha mãe estava recebendo. Tem o riso de preocupação, mas tem o riso da alegria de quando ela saiu da sedação e tivemos a oportunidade de vê-la por videochamadas”, explicou Heloisa Helena Suzuki Diniz, filha da Sra. Luzanir.
Tatiana destacou ainda que a risada proporciona mais afeto aos pacientes. “A gente leva amor em forma de mensagem para UTIs em um momento difícil para todos”, disse.