No Brasil, 81% das pessoas se vacinariam contra a Covid-19 caso uma imunização estivesse disponível. É o que mostra a edição de outubro da pesquisa “Global Attitudes on a Covid-19 Vaccine”, realizada pela Ipsos com entrevistados de 15 países, sendo mil brasileiros. Em agosto, eram 88%.
Considerando todas as nações participantes do estudo, a média global de pessoas que pretendem se vacinar é de 73%. Índia (87%), China (85%) e Coreia do Sul (83%) lideram com os índices mais altos de adesão à vacinação – o Brasil vem em 4º lugar. Já os países com menor intenção de se imunizar contra a Covid-19 são França (54%), Estados Unidos s Espanha (empatados com 64%) e Itália (65%). Desde o último levantamento, há pouco mais de dois meses, houve declínio na intenção de tomar vacina em 10 das 15 nações avaliadas.
Ainda de acordo com a pesquisa, 4 em cada 10 entrevistados brasileiros (40%) acreditam que a vacina só estará disponível para o uso geral daqui 4 a 6 meses. Mais otimistas, 23% acham que a imunização vai à mercado entre 2 a 3 meses e 4% creem que será em 1 mês. Entre aqueles com uma expectativa mais baixa, 11% acreditam que o país terá vacinação daqui 9 meses, 12% acham que só após um ano e 10%, ou seja, 1 em cada 10, creem que a vacina contra Covid-19 só estará disponível daqui 18 meses ou mais.
Justificando a não-vacinação
Entre o percentual de brasileiros que não tomaria a vacina caso estivesse disponível, 48% justificaram que estão preocupados com o avanço muito rápido dos testes clínicos. Além disso, 27% citaram preocupação com os efeitos colaterais, 7% não se vacinariam pois não acreditam que a imunização seria eficaz, 7% alegam que o risco de contágio pela Covid-19 é baixo, 6% se declaram contra vacinações em geral e 3% mencionaram outras razões. Globalmente, o motivo mais citado foi a preocupação com efeitos colaterais (34%).
Quando perguntados se concordam que “a chance de ter Covid-19 é tão pequena que a vacina não é necessária”, o percentual de respostas afirmativas dos brasileiros ficou entre os mais baixos. Apenas 18% concordam com a frase, atrás do Canadá (16% de concordância) e Coreia do Sul, México e Reino Unido (cada um deles com 17%). Por outro lado, os países que mais concordam são Índia (52%), Estados Unidos (31%) e China (29%).
A pesquisa on-line foi realizada entre os dias 8 e 13 de outubro com 18.526 entrevistados de 15 países com idade de 16 a 74 anos. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.
Os dados do estudo estão disponíveis para download pelo link: we.tl/t-ds2LdNlkbH