Apesar de 2020 ter sido um ano atípico, a busca pela saúde e pela cirurgia plástica como aliada para manter corpo e mente em dia continua em crescimento no Brasil. O país já lidera o ranking mundial, ultrapassando os Estados Unidos, que contabiliza 18 milhões de procedimentos cirúrgicos anualmente.
De acordo com o cirurgião e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Adel Bark Junior, a segurança, aliada às novas tecnologias para um pós-operatório mais eficaz – são as tendências para 2021. “Procedimentos que visam a melhora do contorno corporal como, por exemplo, a lipoescultura e a lipoaspiração, nunca saem de moda. Além disso, as cirurgias de mama e abdominoplastia são procuradas durante todo o ano e certamente continuarão entre as mais realizadas”, disse.
O que muda – A lipoaspiração tem mudado muito e deixou de ser uma cirurgia apenas para a retirada de gordura localizada. Cada vez mais os enxertos de gordura têm sido utilizados para melhorar o contorno corporal.
Entre as novidades estão a vibração da cânula utilizada para a lipoaspiração, que possui marcas diferentes de vibrolipoaspiradores no mercado e que contribuem para reduzir o esforço do cirurgião e o tempo cirúrgico, trazendo ainda mais segurança para o procedimento.
Outra novidade – esta ainda mais recente no mercado – é o Renuvion®️, ou jato de plasma de gás hélio. Ele atua na zona fibro-septal, estimulando a produção de colágeno, sendo considerado o melhor aparelho disponível para retração de pele.
“O fator mais importante na lipoaspiração continua sendo o cirurgião, mas novas tecnologias auxiliam a retirada e o preparo da gordura para enxerto, minimizando o sangramento e ajudando na recuperação pós-operatória”, explica o cirurgião Adel Bark Junior.
Ele conta ainda que a marcação da musculatura, especialmente na região do abdômen, braços e pernas, tem se tornado quase que rotineira em sua prática diária. “Além das mudanças conceituais, a utilização de novas tecnologias proporcionam melhores resultados e maior segurança ao procedimento”, completa.
Responsabilidade compartilhada – Uma das preocupações dos cirurgiões, cada vez mais, é com a segurança do paciente e da equipe cirúrgica. Antes da pandemia, o tempo cirúrgico já era considerado um importante fator para limitar casos de cirurgias associadas – quando a paciente quer realizar mais de um procedimento de uma só vez.
Agora, os cirurgiões plásticos incluíram ainda mais medidas de segurança para garantir a saúde do paciente, da equipe e o sucesso do pós-operatório. “A escolha da tecnologia a ser utilizada é baseada na indicação cirúrgica de cada caso. No entanto, em nossa clínica temos tomado todas as medidas de prevenção – com as condutas sendo atualizadas periodicamente, mas é fundamental que a pessoa que vai se submeter a uma cirurgia nesta época também tome os cuidados para evitar qualquer contaminação”, informa o médico.
Outro fator importante, segundo ele, é que o paciente que irá realizar a lipoaspiração ou lipoescultura tenha em mente que o procedimento não é uma técnica para emagrecimento e não garante a manutenção do resultado caso exista ganho de peso. “A manutenção dos resultados depende do compromisso dos pacientes em relação ao controle do peso. Logo, manter hábitos saudáveis e praticar exercícios físicos são fundamentais. De igual forma, a avaliação do estado de saúde através de exame físico e de exames complementares é mandatória antes da cirurgia”, finaliza Adel.
Lipoaspiração – Lipoaspiração é a segunda cirurgia plástica estética mais realizada no país, conforme Censo de 2018 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Pelo Censo 85% das pacientes são mulheres e 75% têm idade entre 19 e 50 anos. O procedimento melhora o contorno corporal e pode ser realizado com diferentes tipos de laser, que promovem a lipólise e a retração da pele. Em áreas com espessura menor da derme como face medial das coxas e dos braços esta adaptação da pele pode não ocorrer, resultando em flacidez, e demandar a retirada do excesso com a criação de uma cicatriz.