Unimed Sorocaba registra a marca dos 300 transplantes de medula óssea

O próximo transplante de medula óssea (TMO) a ser realizado, ainda neste mês, no Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS) terá um simbolismo especial: ele marcará o 300º procedimento dessa natureza feito na instituição (metade deles beneficiando pacientes do SUS) e a comemoração do décimo ano do primeiro transplante.

Atualmente, a equipe é constituída pelas doutoras Ellen Carneval, Ariella Moura e Ana Gabriela Bismara, juntamente aos doutores Robenilson (coordenador) e Valter Massaglia. Já a hemoterapia está a cargo da Colsan, sob coordenação do doutor Frederico Brandão.

O HMS continua sendo o único hospital privado, de caráter não filantrópico do interior de São Paulo, autorizado a realizar transplantes autólogos e alogênicos de medula óssea para pacientes cobertos com recursos do SUS das cidades que formam as regiões de Sorocaba e Jundiaí. No momento, nenhum paciente aguarda em fila de espera.

De acordo com o doutor Robenilson, ao longo desses dez anos, houve uma evolução progressiva dos TMO, com um escalonamento de complexidades. “Começamos com os autólogos, em pequena quantidade. Aumentamos a frequência dos procedimentos até darmos mais um passo, que foram os alogênicos totalmente compatíveis. Tempos depois, iniciamos os transplantes denominados relacionados haploidênticos”, conta. “Agora, estamos próximos de obter habilitação para transplantes não relacionados (quando a medula vem dos bancos de doadores)”, revela.

Para Sorocaba, a função social dos TMO realizados no HMS é importantíssima. Sem eles, os pacientes teriam que ser encaminhados aos grandes centros, localizados em outras cidades. Desde 2011, o município passou de encaminhador a centro de referência em TMO e patologias onco-hematológicas.

Na opinião do doutor Robenilson, a Unimed Sorocaba construiu um modelo particular e sustentável para realizar TMO. Ele beneficia, de maneira absolutamente igualitária, tanto os seus conveniados quanto os pacientes do SUS.

Como os TMO são considerados de máxima complexidade, eles contribuíram para impulsionar ainda mais o HMS. “Os transplantes de medula óssea obrigam a instituição a ter recursos complexos de assistência: laboratorial, transfusional, de intensivismo e especialidades. Eles, por sua vez, disseminam esse conhecimento e tecnologia aos demais setores do hospital”, explica o doutor Robenilson.

De acordo com ele, atualmente, existe uma enormidade de possibilidades terapêuticas correlatas ao TMO, as chamadas terapias celulares. Exemplo disso é o CAR-T Cell, tratamento inovador feito com células de defesa do próprio paciente, reprogramadas geneticamente. “São terapias ultra-complexas, que precisarão amparar-se em centros de transplante de medula”, ressalta. “É importante que a comunidade saiba que o HMS está capacitando-se para essa nova fase nos tratamentos das doenças onco-hematológicas”, finaliza.

25 anos de fundação do Hospital Dr. Miguel Soeiro

Neste 30 de janeiro a Unimed Sorocaba (SP) celebrou 25 anos de fundação do Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS). Considerado um dos mais bem equipados e modernos dentro do Sistema Unimed nacional e do estado de São Paulo. “Trata-se de uma data antagonicamente marcante: temos a alegria de o nosso Hospital completar 25 anos e, lamentavelmente, existe o momento que enfrentamos, decorrente da pandemia”, pondera o presidente do Conselho de Administração da Unimed Sorocaba, doutor Gustavo Ribeiro Neves.

HMS em números

O crescimento do HMS nestes 25 anos impressiona. Em 1996, foram 4.288 internações, 12.915 atendimentos de emergência e 61.282 exames de imagem. Já em 2020, os dados revelam 15.059 internações, 104.595 atendimentos de emergência e 314.176 exames de imagem.

Atualmente, o Hospital conta com 222 leitos operacionais, 30 de UTI Adulto, 18 de UTI Infantil e Neonatal e 13 salas cirúrgicas. Ele está instalado em uma área total de 91 mil metros quadrados, dos quais 25 mil metros quadrados são de construções, onde trabalham 1.832 colaboradores.

Os transplantes

Os transplantes, muitos deles feitos para pacientes cobertos com recursos do SUS, são um dos grandes diferenciais da instituição. Até o dia 15 de janeiro, por exemplo, já haviam sido realizados 760 transplantes de córnea, 215 de fígado, 2 de fígado-rim, 14 de rim, 272 de medula óssea autólogo e 24 de medula óssea alogênico, 21 de coração, 43 de ossos e 4 de rim intervivos.

O HMS e a pandemia

No tratamento da Covid-19, o HMS tem registrado resultados expressivos de recuperação. A taxa de mortalidade é de 5,6%, uma das mais baixas entre os hospitais do país. Por esta razão, a instituição médica sorocabana começa a ser considerada como referência no tratamento de pacientes graves da Covid-19.

Desde o início da pandemia, o HMS registra as seguintes estatísticas:

·         901 pacientes já foram internados na Enfermaria;

·         desses, 278 precisaram ser transferidos para a UTI;

·         12% dos 1.116 médicos cooperados se infectaram (incluindo os que atendem somente em seus consultórios);

·         entre os 2.309 colaboradores, a taxa de infecção foi de 13% (taxas consideradas extremamente baixas diante dos dados mundiais);

·         um colaborador foi a óbito;

·         foram realizados 22.971 exames de PCR;

·         desses, 7.560 deram positivo (33%).

“O HMS é sinônimo de sucesso e empreendedorismo, graças ao sistema cooperativo médico, além de ser um relevante polo de tecnologia e alta complexidade na nossa região”, define o doutor Gustavo Ribeiro Neves.

Redação

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