Diante do desafio de acomodar e manejar adequadamente a demanda crescente de pacientes em atendimento devido ao agravamento da pandemia de Covid-19 em Porto Alegre (RS), o Hospital Restinga e Extremo-Sul (HRES) recorreu ao Hospital Moinhos de Vento. A instituição solicitou, em caráter emergencial, a doação de mobiliário. O pedido foi avaliado pela superintendência de Responsabilidade Social do Moinhos, que autorizou a doação de 335 itens entre móveis hospitalares e equipamentos de apoio.
O superintendente Executivo, Mohamed Parrini, destaca que a decisão resulta em benefício de alto impacto para o atendimento à população que mais precisa. “Cuidar de vidas está no DNA do Hospital Moinhos de Vento. Num momento de extrema necessidade como o que estamos vivendo, nosso compromisso é cuidar dos nossos pacientes, mas cada vez mais exercer a solidariedade, apoiando a comunidade como um todo”, afirma. Ele lembra que, em 2020, foram doadas 62 camas hospitalares, além de outros itens. Dez delas permitiram a implantação da UTI Covid do Hospital de Caridade de Canguçu. Os hospitais Centenário, de São Leopoldo, e Porto Alegre, da Capital, também foram beneficiados, em uma seleção feita a partir de editais.
Devido ao déficit de acomodações na Emergência do HRES, sala de medicação e áreas de apoio, o pedido foi analisado em caráter de urgência e feita a doação imediata de poltronas, macas hospitalares, mesas, cadeiras e longarinas, que já estão em uso. “Nossa relação com o HRES é muito próxima, tendo em vista que foi construído pelo Hospital Moinhos de Vento, por meio de projeto do PROADI-SUS. A instituição é hoje uma referência em atendimento para a região Sul da cidade. Esse apoio é fundamental e nos permite reforçar nosso papel social para além da medicina”, observa o superintendente de Responsabilidade Social do Hospital Moinhos de Vento, Luis Eduardo Ramos Mariath.
Com a política de renovar frequentemente materiais e equipamentos, foi possível doar itens de mobiliário que foram colocados em uso imediato. De acordo com a diretora assistencial do Hospital Restinga e Extremo-Sul, Andréa Volkmer, a instituição atende exclusivamente pelo SUS e tem mantido as portas da emergência abertas, com 300% de ocupação. “Nosso hospital é bem equipado, mas com a demanda de pacientes com Covid-19, a estrutura se tornou insuficiente”, explica Andréa, destacando que com as doações foi possível acomodar melhor os pacientes que aguardam atendimento.