Por meio da impressão 3D, healthtech produz soluções sustentáveis e eficientes para pacientes imobilizados

Quem já quebrou punho, mão ou dedos sabe o quão desconfortável é ter que aguentar dias, semanas ou até mesmo meses com uma imobilização. De olho nesse cenário em busca de reverter a situação atual das alas de ortopedia dos hospitais e clínicas, a Fix it está reinventando a forma como as pessoas tratam lesões ortopédicas que necessitam de imobilização. A startup desenvolve soluções que auxiliam no procedimento de fraturas e na recuperação de casos pós-cirúrgicos.

São mais de vinte modelos em seu portfólio, contemplando membros superiores e inferiores, feitos de plástico termomoldável e biodegradável. Os imobilizadores articulares produzidos pela healthtech possuem um design inovador, que facilita na hora de imobilizar o paciente de forma rápida, e ainda diminui a produção de lixo hospitalar. Ao contrário do gesso, por exemplo, que coça, esquenta, pesa e fica com mau cheiro, as soluções da Fix it são arejadas, higienizáveis, resistentes e à prova d’água.

De acordo com o Ministério da Saúde, as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), que atingem a classe trabalhadora em seus diversos ramos de atividade, representam o principal grupo de agravos à saúde e estão entre as mais frequentes no Brasil. “Nesse contexto, temos em mente que os procedimentos utilizados em fraturas devem ser os mais práticos, eficientes e confortáveis possíveis e com os modelos tradicionais de imobilizadores isso não acontece. Nós aliamos novas tecnologias com a expertise de vários profissionais para liderar um novo caminho no tratamento de lesões e imobilizações, com tecnologia, praticidade e conforto”, explica o fundador e CEO da Fix it, Felipe Neves.

As soluções da Fix it têm durabilidade de três anos e ainda podem ser remodeladas, em média, mais quatro vezes após a primeira aplicação, que é feita em, no máximo, cinco minutos. Ou seja, a alternativa não é somente para os pacientes, mas também para os profissionais que atuam em clínicas e hospitais, já que torna a imobilização mais ágil e prática. Além disso, os imobilizadores têm um custo mais baixo em alguns cenários, como por exemplo em radiografias, já que são radiotransparentes e não precisam ser retirados, diferente do gesso que precisa de uma segunda aplicação.

“Nossa proposta é a de desengessar as soluções atuais em todos os seus aspectos, seja da perspectiva do usuário, do profissional e também do meio ambiente. O nosso objetivo é produzir imobilizadores para todas as articulações do corpo e estar presente mundialmente, levando uma solução acessível a todas as classes”, afirma Herbert Costa, fundador e COO da startup.

O modelo de negócio da empresa permite a oferta de um serviço personalizado. A partir das placas mães, produzidas pelas startup, as unidades dos franqueados e licenciados podem imprimir as soluções na impressora 3D de acordo com as suas demandas. Atualmente a startup oferece quatro tipos de licenças (para clínicas, hospitais, modelo office e lojas) que variam entre R$ 5 mil e R$ 100 mil. Além de arquivos e software que o licenciado paga mensalmente. A healthtech também oferece cursos para profissionais da saúde aprenderem a aplicar os imobilizadores.

Acelerada pela ACE e pela Braskem, recentemente a Fix It recebeu investimento da Unimed e Maior Player de Saúde Latam. Agora, final de 2021, caminham para a série A e preveem crescimento de 150%. “Continuaremos buscando conhecimento em diversas áreas. Acreditamos na importância da ciência e cada vez mais vamos investir em estudos voltados relacionados à área da ortopedia. Também estamos nos preparando para uma nova rodada de investimento e levar nossa empresa para além do território nacional”, finaliza Neves. Atualmente a marca também está em operação no Paraguai, Argentina e Uruguai, além de todo o território nacional.

Redação

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