Acelerada pela pandemia desde o ano passado, a transformação digital na área da saúde tornou a tecnologia um fator irreversível em todos os segmentos do setor. Os novos modelos de negócios vão desde aplicativos móveis para facilitar o agendamento de consultas, até serviços mais complexos de avaliação de pacientes, gestão de planos, telemedicina e healthtechs. Tais ferramentas, aliadas à saúde, comprovam cada vez mais os benefícios em desenvolver mecanismos e dispositivos eficientes para a medicina.
Pensando nisso, o pioneiro Fórum de Saúde Digital, em sua 12ª edição, abordou sobre o cenário em toda a cadeia da saúde, o impacto de tecnologias como inteligência artificial, big data, monitoramento, dispositivos móveis e telemedicina. As normas da lei de proteção de dados (LGPD) que a partir de agosto podem gerar multas pesadas, também foram tratadas durante as conversas, divididas em 6 diferentes painéis e temas, nos dias 29 e 30 de junho.
Patrícia Hatae, head de TI do Grupo São Cristóvão Saúde, foi um dos destaques do painel 4. Com o tema ‘Admirável Saúde Nova da IA – Dados e Automação vão gerar a saúde da nova década’, o debate teve como foco a crise atual, sendo um lembrete de que nossos recursos de mão-de-obra em saúde já estavam esgotados. Com isso, a automação combinada com tecnologia de IA aplicada e insights gerados pelos dados, promete reduzir a carga de trabalho e melhorar a qualidade e assertividade das aplicações de saúde.
Em sua apresentação, Patrícia Hatae explicou sobre projetos, parcerias e intensificação de tecnologia e inovação no Grupo São Cristóvão Saúde. Esclareceu também um comum questionamento, ressaltando que o futuro não visa a substituição dos médicos: “ensinamos as máquinas a raciocinar pela coleta de dados, para que assim possam ser uma ferramenta mais assertiva de auxílio aos médicos na tomada de decisões, como diagnósticos com análises preditivas, como por exemplo identificação de achados críticos em exames de imagens e cruzamento de informações”, explica a especialista.
“É possível também otimizar fluxos de atendimento com eliminação de gargalos do sistema. Muitas instituições já fazem uso de inteligência artificial e atualmente usa-se também para a produção de novos medicamentos, inclusive vacinas”, complementa Patrícia. O painel 4 teve ainda outros participantes, como Guilherme Kato, CTO do Dr. Consulta; Avi Zins, CEO da CareI Strategic Consulting e Felipe Pontieri, Diretor de TI da DASA e finalizou com perguntas relacionadas ao tema, para que os especialistas pudessem responder aos questionamentos do público.
Em uma recente pesquisa da Deloitte, 82% dos early adopters disseram ter registrado retorno financeiro de seus investimentos em IA. “As implementações de IA trazem consigo diversos desafios técnicos e a maioria das organizações ainda está aprendendo e adquirindo habilidades para lidar com eles de forma eficiente”, finaliza Patrícia Hatae.