As doenças cardiovasculares são as principais causas de hospitalizações e atendimentos ambulatoriais no Brasil. Elas são também responsáveis por cerca de 30% das mortes – 400 mil óbitos por ano. A hipertensão arterial está associada a 45% das mortes cardíacas e 51% dos óbitos por doenças cerebrovasculares.
“A hipertensão arterial é um importante fator de risco modificável para doença cardiovascular, doença renal e óbito. Apesar da sua importância clínica e epidemiológica com elevada prevalência na população adulta, muitas vezes o diagnóstico e tratamento são negligenciados, colocados no ‘modo automático’”, ressalta o editor-chefe da revista da SOCESP, Marcelo Franken para justificar uma edição exclusiva da publicação para tratar do tema.
A revista traz oito artigos originais escritos por lideranças cardiológicas e outros seis redigidos por profissionais da saúde nas áreas dos seguintes departamentos da SOCESP: Educação Física, Farmacologia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia e Serviço Social. A publicação destaca o diagnóstico da doença com as diferentes estratégias para aferição da pressão arterial, como medidas de consultório, monitorização residencial da pressão arterial e monitorização ambulatorial da pressão arterial.
Os artigos também abordam indicações sobre os exames complementares para os pacientes hipertensos, desde os mais básicos até a investigação mais avançada. “Uma vez diagnosticada a doença, a estratificação de risco cardiovascular torna-se fundamental para servir de base para o estabelecimento de metas terapêuticas a serem atingidas. Estabelecidas as metas, são discutidos os fármacos a serem empregados, bem como os grupos que podem se beneficiar mais de medicamentos em particular”, esclarece Marcelo Franken.
Outra temática tratada na edição são as definições em relação à pressão alta resistente, as principais causas e a abordagem. “A hipertensão arterial em situações especiais constitui grande desafio para o clínico e o cardiologista e desta forma, as particularidades, por exemplo, na gestação, na doença renal, em pacientes com insuficiência cardíaca ou doença cerebrovascular também são abordadas”, explica o editor-chefe.
A revista ainda contempla os mitos relacionados às crises hipertensivas, a diferenciação entre urgência e emergência. A edição exclusiva tem como coeditores os professores Fernando Nobre e Luiz Aparecido Bortolotto.