Com 25 cirurgias robóticas realizadas em 13 hospitais e transmissão ao vivo em dois canais, aconteceu no último final de semana (29 e 30 de outubro) o evento ROBO24 – o maior do mundo em cirurgias robóticas ao vivo, tecnologia que permite a realização de cirurgias mais complexas de forma minimamente invasiva, com segurança ao paciente.
O evento foi organizado pelos Institutos Jacques Perissat (IJP) e Falke, duas instituições de ensino e treinamento em cirurgia minimamente invasiva com sede em Curitiba (PR). Inclusive, com a transmissão de uma cirurgia feita na Índia.
As cirurgias realizadas contemplaram as especialidades de Cirurgia Geral e Aparelho Digestivo; Ginecologia; Urologia; Oncologia e Cirurgia Torácica. O objetivo é auxiliar na capacitação de profissionais destas áreas, que puderam acompanhar as operações em tempo real com a possibilidade de interação com os cirurgiões.
A tecnologia da cirurgia robótica já está no mercado há alguns anos e recentemente passou a ser mais utilizada no Brasil. O Dr Christiano Claus, coordenador do IJP e um dos organizadores do evento, explica as principais vantagens desta tecnologia. “A robótica proporciona ao especialista uma melhor visão (em 3D) da cirurgia, além de permitir realizar movimentos com mais precisão e efetividade, o que traz mais segurança e menos complicações pós-operatórias. Além disso, cirurgias mais complexas – que até então só eram feitas de forma tradicional – podem ser realizadas com técnicas menos invasivas”.
O evento teve mais de 5 mil acessos nos dois dias de transmissão, com participação de cirurgiões do Brasil, América Latina e alguns países da Europa. Durante o ROBO24 também foram apresentadas as novidades para os próximos anos. A possibilidade de compartilhar experiências com experts e discutir cirurgias em tempo real é um dos fatores que mais atrai os cirurgiões.
De acordo com Dr. Pedro Trauczinsky do Instituto Falke, o evento oferece aprendizado máximo aos participantes. “Apesar de online, foi transmitido a partir do Estúdio 9 em Curitiba, local onde os moderadores puderam interagir e coordenar as discussões”, destaca.
O Dr. Reitan Ribeiro, coordenador do instituto Falke e organizador do evento exalta que o maior desafio foi organizar toda a logística para a transmissão de tantos hospitais diferentes. “Foram meses de planejamento e muitas horas de testes para que tudo ocorresse da forma esperada. Além disso, contar com cirurgiões e hospitais parceiros e uma equipe de apoio foi fundamental para o sucesso do evento”.