A telemedicina como peça fundamental no enfrentamento do Covid Longo

Motivo de preocupação para os profissionais de saúde, a Síndrome do Covid Longo vem se mostrando uma realidade. O Covid longo, de acordo com o NICE (The National Institute for Health and Care Excellence) é definido por sintomas que persistem ou se desenvolvem após a fase aguda do Covid e não podem ser explicados por outras causas. A síndrome pós-aguda da Covid-19 pode ser divida em dois momentos, o primeiro que se estende entre 4 e 12 semanas do início dos sintomas gripais e o segundo, a partir de 12 semanas do início dos sintomas.

Dra Ana Vicenzi, Médica e CEO da Telehybrida, startup de inteligência na construção de serviços em telessaúde, ressalta que os estudos mostram que essa condição pode afetar um grande espectro de pacientes, desde aqueles que desenvolveram casos leves até os que evoluíram para a formas mais severas da doença. “Os pacientes continuam tendo sintomas como fadiga, cansaço persistente e principalmente sintomas neuropsiquiátricos como transtorno de estresse pós-traumático, depressão, alterações cognitivas, alteração de memória que podem comprometer muito a qualidade de vida da pessoa e também sua capacidade para voltar ao trabalho”, enumera.

Segundo a médica, um dos principais fatores de risco que a comunidade de saúde tem observado para o desenvolvimento dessas complicações é o fato da pessoa ter sido hospitalizada. “É importante desenvolver uma conscientização de que a Síndrome do Covid Longo é uma realidade e o paciente precisa ser assistido em um processo de cuidado através de uma equipe multidisciplinar, analisa.

A Telehybrida entende que a telessaúde pode complementar a jornada do paciente, sendo parte fundamental no processo de entrega de saúde de qualidade. Dra Ana Vicenzi ainda ressalta que “Em um país de dimensões continentais como o Brasil com uma distribuição heterogênea de Médicos, conforme nos mostra a Demografia Médica, ampliar o acesso a profissionais de saúde mostrou-se fundamental na pandemia e vai continuar sendo necessário com a chegada do Covid Longo.”

Yung Gonzaga, Médico Hematologista e coordenador da residência de Hematologia do INCA-RJ – Instituto Nacional do Câncer do Rio de Janeiro, acredita que seja uma recomendação muito importante para qualquer pessoa que tenha sido hospitalizada por Covid-19 e tenha desenvolvido sequelas neurológicas, psiquiátricas, emocionais, que após a alta, depois de um tempo não muito longo, procure o médico para monitorar o desenvolvimento desses sintomas e caso seja necessário, haja uma intervenção para que eles não se prolonguem e se tornem crônicos.

Redação

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