Ablação por micro-ondas é o mais novo recurso para tratamento do câncer no Hospital Vera Cruz

O Hospital Vera Cruz, em Campinas (SP), em mais uma atitude de vanguarda, oferece o procedimento de ablação tumoral por micro-ondas, recém-chegado ao Brasil e que é ainda restrito à maioria dos hospitais do país. O método, já consolidado nos principais centros oncológicos mundiais, é indicado para alguns tipos de neoplasias malignas (tumores) primários ou secundários (metástases provenientes de outros órgãos) de fígado, rim, pulmão, glândulas adrenais e ossos, sendo considerado um tratamento menos invasivo e mais rápido.

A técnica de ablação por micro-ondas representa um dos desenvolvimentos mais recentes no campo da ablação e chega para agregar e otimizar o arsenal terapêutico dentro da oncologia pela radiologia intervencionista do Hospital Vera Cruz, pioneiro a oferecer o serviço na Região Metropolitana de Campinas.

De acordo com o Dr. Thiago Penachim, radiologista intervencionista do Vera Cruz, a maior vantagem da ablação por micro-ondas é proporcionar uma rápida recuperação do paciente com alta após um dia de internação na maior parte dos casos, além de preservar a função dos órgãos nos quais o tumor está alojado. Conforme o especialista, para alguns tipos de tumor, as técnicas ablativas demonstram resultados semelhantes àqueles obtidos através de cirurgias. “A menor invasividade deste tratamento permite que o procedimento seja repetido, caso necessário, em situações como recidivas (surgimento de novas lesões) ou tumores residuais”, destaca o médico.

Como funciona

O paciente pode receber anestesia geral ou, em alguns casos, apenas sedação consciente. O procedimento consiste na introdução de uma agulha no interior tumor. O médico guia a inserção do dispositivo através de recursos de imagem, como ultrassom ou tomografia computadorizada, que exibem precisamente a posição da agulha e da lesão. Quando o instrumento está no local exato, um gerador é acionado, levando a emissão de micro-ondas na ponta da agulha. A liberação das ondas eletromagnéticas provoca a movimentação de moléculas de água, que elevam a temperatura local para acima de 70ºC, destruindo a lesão pelo calor em poucos minutos, sem a necessidade de removê-la cirurgicamente.

O Dr. Penachim alerta que apesar das indicações dos procedimentos ablativos serem bastante amplas, nem todos os pacientes com neoplasias podem se beneficiar da metodologia. Condições como o tipo e natureza do tumor, seu tamanho e localização influenciam diretamente na escolha do tipo de terapia oncológica, que deve ser individualizado para cada paciente. “A decisão do melhor tratamento a ser instituído deve ser feita por meio de discussão multidisciplinar entre as diferentes especialidades médicas envolvidas e principalmente pelo paciente”, indica o radiologista.

A conduta pode ser usada também no intra-operatório, associado à cirurgia hepática. Neste caso, o processo torna alguns doentes, antes considerados com doença irressecável pelo número e localização das lesões malignas no fígado, em doentes operáveis com potencial de cura.

É importante lembrar que outros métodos de ablação tumoral térmica já são empregados como opção de tratamento do câncer no Hospital Vera Cruz desde 2009, através do calor como na ablação por radiofrequência ou do frio como na crioablação, principalmente para pacientes oncológicos que não podem operar ou cuja cirurgia representaria alto risco

Redação

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