As vendas de medicamentos aos quais são atribuídas propriedades de cura ou prevenção à Covid-19, ainda que sem nenhuma evidência científica, registraram queda entre janeiro e maio deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, quando começou a pandemia. É o que mostram dados apurados pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) a partir do banco de dados da consultoria IQVIA. A maior redução foi nas vendas de vitamina C (63%) e é surpreendente. O medicamento chegou a fechar o primeiro trimestre de 2020, após o advento do Coronavírus no Brasil, com alta de 180%. No caso da hidroxicloroquina e da ivermectina, as reduções foram de 34% e 31%, respectivamente. Também foram pesquisados os dados referentes a analgésicos e antitérmicos (veja quadro abaixo). Essa oscilação nas vendas dos medicamentos tem ocorrido com frequência desde o início da pandemia. Desta vez, a queda coincide com a ampliação do acesso às vacinas.
“É possível que a chegada da vacina aos braços dos brasileiros tenha neutralizado, em parte, a histeria que desencadeou uma verdadeira epidemia de uso irracional de medicamentos no país”, avalia o farmacêutico Wellington Barros, consultor do Conselho Federal de Farmácia (CFF). A redução ocorre num período em que, no ano passado, esses medicamentos surfavam na onda da pandemia. Na época, as vendas de ivermectina registraram aumento de 560% em comparação com igual período de 2019. As de hidroxicloroquina, 111%, e as de vitamina D, 83%.
Para saber mais e ter acesso aos dados, siga o link: bit.ly/3fqtg0p