Alzheimer: especialistas discutem em webinário impacto do envelhecimento da população na saúde pública

A doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurológica, progressiva e fatal e a forma mais comum de demência, correspondendo a 60 – 70% dos casos². Tendo em vista que o principal fator de risco da DA é o envelhecimento (e o crescimento da população idosa no Brasil tem sido mais intenso do que no cenário mundial) é fundamental que o governo e a sociedade discutam e construam políticas públicas para atender de forma adequada e eficaz essa parcela numerosa da população.

Diante deste contexto e com o objetivo de fomentar a discussão sobre o envelhecimento da população brasileira, o Instituto Brasileiro de Ação Responsável, promove nos dias 5, 12, 19 e 26 de novembro, das 10h às 12h, o fórum ‘O Futuro da Saúde no Brasil: Perspectivas e Desafios’, que reunirá a sociedade civil, formadores de opinião, gestores públicos e privados, sociedades médicas e associações de pacientes. Um dos webinários da iniciativa irá abordar o ‘Impacto do envelhecimento da população brasileira na saúde pública’. O evento online será transmitido, ao vivo, nesta sexta-feira (5) no canal do YouTube da Ação Responsável. A iniciativa tem o patrocínio da Biogen Brasil, empresa de biotecnologia focada em neurociência.

O encontro, que será mediado por Gustavo San Martin, diretor executivo e fundador da Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), irá discutir como o envelhecimento da população brasileira impacta no aumento dos gastos da saúde pública, aposentadorias e mercado de trabalho, trazendo um recorte para a doença de Alzheimer, que atinge cerca de 1,2 milhão de brasileiros atualmente³, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). O evento contará com a participação da representante do Ministério da Saúde, Lucélia Silva Nico, coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa/COSAPI/DAPES/SAPS/MS, da Maria Aparecida Guimarães, ex-familiar, presidente da Associação de Parentes e Amigos de Pessoas com Alzheimer (APAZ) e membro do conselho fiscal da Federação Brasileira de Alzheimer (Febraz), do Prof. Dr. Alexandre Kalache, gerontólogo, epidemiologista e presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, e da deputada federal do Paraná, Leandre Dal Ponte (PV-PR).

Para Tatiana Rivas Marante, gerente geral da Biogen Brasil, esse tipo de debate, que promove uma reflexão em políticas de saúde preventiva, é essencial a fim de preparar os sistemas de saúde para atender às novas demandas e garantir a sustentabilidade do futuro do setor. “Devemos considerar que o envelhecimento da população mundial acelera em um ritmo sem precedentes – o que pode tornar ainda mais desafiadora a capacidade do país em responder às futuras necessidades sociais e clínicas da doença de Alzheimer. E é nesse contexto que devemos pensar a demência, e, em particular a DA, que tem impactos que vão além do círculo familiar. A doença de Alzheimer é uma crise em escalada de saúde pública global, que afeta quem convive com a enfermidade, seus familiares e, consequentemente, os sistemas de saúde. Por isso, precisamos ampliar essa discussão”.

Edilamar Teixeira, diretora de Saúde do Instituto Brasileiro de Ação Responsável, reforça que é preciso um olhar atento da sociedade, como um todo, para as doenças neurológicas. “Atualmente, um bilhão de pessoas são afetadas por doenças neurológicas. Estamos falando de um grupo de doença que já é a principal causa de incapacidade entre a população global, e a segunda principal causa de morte no mundo. A carga das doenças neurológicas impõe aos governos uma crescente demanda por serviços de tratamento, reabilitação e apoio. Com isso, é necessário, cada vez mais, construir políticas públicas efetivas para o enfrentamento das doenças da população idosa, assegurando saúde e qualidade de vida a todos”.

Para participar do fórum ‘O Futuro da Saúde no Brasil: Perspectivas e Desafios’, basta se inscrever, gratuitamente no site.

Doença de Alzheimer: se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, pelo comprometimento das atividades de vida diária, e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais que se agravam ao longo do tempo. Sua causa ainda é desconhecida e o diagnóstico é feito por exclusão. Os principais sinais e sintomas da DA são perda de memória recente; repetir a mesma pergunta várias vezes; dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos; incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas; dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos; dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais e irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento. O quadro clínico da doença é dividido em quatro estágios. Forma inicial (estágio 1): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais. Forma moderada (estágio 2): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia. Forma grave (estágio 3): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva. Forma grave avançada (estágio 4): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Referências:

¹Censo 2020 [Internet]. Disponível em: site
²Organização Mundial da Saúde. Dados sobre a demência [Internet]. Dados sobre a demência. 2019 [citado em 30 de março de 2020]. Disponível em: site
³Associação Brasileira de Alzheimer. O que é Alzheimer. Disponível em: site

Redação

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