Arquitetura para a Saúde: uma especialização em ascensão na pandemia

Com a pandemia causada pelo novo Coronavírus, projetar um hospital humanizado, sustentável e ao mesmo tempo tecnológico ganhou caráter de urgência no cenário atual. Segundo a PUC-Rio, a procura pela pós-graduação em Arquitetura para a Saúde (lato sensu) cresceu 40% em 2021 em relação ao mesmo período do ano passado, devido à crise sanitária causada pelo Covid-19 e o boom de novos empreendimentos em saúde.

É de conhecimento geral que o ambiente hospitalar já é naturalmente associado a problemas de saúde e emergências médicas, que geram muita frustração e angústia aos pacientes. Mas, e se ao invés de corredores e sem vida você encontrasse um ambiente em que as circulações são percursos cheios de experiências e de encontro? Sua experiência seria melhor? Essa é a aposta dos projetos de arquitetura para saúde: o rigor é necessário e fundamental, mas o afeto é revolucionário.

“A humanização na arquitetura hospitalar vai muito além de um design contemporâneo e com o uso de detalhes coloridos. A equipe responsável pelo projeto precisa mergulhar de cabeça no dia a dia da equipe médica, dos pacientes, familiares e de toda a logística necessária para que aquele hospital funcione. Só assim é possível compreender e projetar um espaço que melhore, de fato, a experiência de todos os envolvidos naquele ambiente. É preciso pensar nas pessoas e projetar um local de afeto em meio a um ambiente tão sensível como o de um hospital, mas com todo o rigor necessário que uma área médica demanda”, explica a arquiteta e urbanista Moema Loures, coordenadora da pós-graduação de Arquitetura para a Saúde da PUC-Rio e sócia da ARTO Arquitetura, escritório especializado em projetos na área de saúde.

Para ajudar a disseminar o conceito de Hospital do Futuro pelo Brasil, com ambientes médicos que apostam em soluções que transmitem afeto e acolhimento, Moema Loures oferece três dicas para um projeto de saúde acolhedor que unam rigor e afeto:

1) Cuidado com a ilusão da humanização hospitalar

2) A técnica pode ser extremamente humana

3) Arquitetura para a Saúde não é uma caixa dentro da Arquitetura.

Redação

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