Artigo – A sustentabilidade e o protagonismo para os hospitais digitais

O que significa ser “sustentável” dentro da perspectiva da saúde hospitalar? É apenas jogar fora as resmas de papel? Aponto para vocês que não. O “paperless” surge como consequência do uso da tecnologia, e o protagonismo está na mudança cultural e estrutural do hospital, otimizando os processos, com reflexos importantes no atendimento aos pacientes.

O Brasil, por exemplo, figura entre os 10 maiores produtores de papel do mundo segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Isso representa uma quantidade enorme de papel circulando, inclusive na Saúde. Prontuários, fichas de recepção, formulários impressos…

Com centenas ou milhares de pacientes mensalmente, há de se imaginar que o fator “sustentabilidade” surja sob os holofotes diante deste cenário. Por muitas vezes ele não é uma prioridade para aquela instituição, mas ser digital e “sustentável” não são mais opções: são ações obrigatórias às empresas disruptivas.

A boa notícia é que muitos gestores, inclusive, estão entendendo isso e focando cada vez mais na mudança para uma instituição totalmente digital, deixando o papel de lado e investindo em ferramentas tecnológicas. De acordo com a pesquisa TIC Saúde 2021, entre 2019 e 2021, houve um salto de 18% para 30% entre as instituições que mantêm as informações do paciente apenas em formato eletrônico e uma diminuição de 18% para 11% nas que usam o papel como forma de armazenar seus documentos.

Há de se notar também que houve uma queda significativa da produção de papel de imprimir formulários pré-impressos, com recuo superior a 14%, segundo relatório de 2021 da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

No entanto, ainda há muito trabalho a fazer, e a sequência disso depende de diversas condições favoráveis, que passam pela estrutura do hospital ou da clínica até o poder de acesso ao mundo digital por parte do paciente.

Quanto mais tecnologia uma instituição de saúde tiver, consequentemente menos papel ficará circulando, melhorando o fluxo e a agilidade através de processos conectados e virtuais. E mais reconhecida será a instituição, se considerarmos os parâmetros atuais de acreditação e certificação.

 

 

 

Genilson Cavalcante é CEO da Green Soluções Sem papel

Redação

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