Estudos começam a mostrar que, em casos raros, pessoas com Covid-19 grave podem desenvolver o distúrbio grave do sistema nervoso conhecido como síndrome de Guillain-Barre.
O Dr. Anthony Geraci, que dirige a medicina neuromuscular na Northwell Health em Great Neck, em Nova York, Estados Unidos, explica que “a síndrome de Guillain-Barre é uma condição bem conhecida na qual o sistema imunológico atinge os nervos periféricos como estranhos e os ataca, resultando nas características principais da doença”.
Os sintomas do distúrbio “incluem fraqueza, arreflexia [ausência de reflexos], parestesia [formigamento] e, em alguns casos, ataxia [falta de equilíbrio]”, disse Geraci.
Não é incomum que casos graves de doenças infecciosas desencadeiem Guillain-Barre, observaram especialistas. De acordo com os autores italianos de um novo estudo, a síndrome também foi observada em pacientes que lutam contra o vírus Epstein-Barr, citomegalovírus e, principalmente, infecção por zika, transmitido por mosquitos.
O novo estudo foi criado por uma equipe de médicos que lutavam contra um grande surto de Covid-19 na cidade de Pavia, no norte da Itália.
Reportando-se na edição on-line de 17 de abril do New England Journal of Medicine, os autores disseram que entre 28 de fevereiro e 21 de março, três hospitais da região trataram cerca de 1.200 pacientes com Covid-19. Cinco desses pacientes apresentaram sintomas provavelmente causados por Guillain-Barre, informou a equipe.
Os sintomas de Guillain-Barre tendem a surgir dentro de cinco a dez dias após o primeiro aparecimento dos sintomas comuns da Covid-19, disseram os pesquisadores. Esses primeiros sintomas de Guillain-Barre incluíam fraqueza nas pernas, formigamento e paresia facial. Com mais dois dias, os sintomas neurológicos pioraram até os quatro membros ficarem enfraquecidos ou paralisados, disse o grupo italiano.
Todos os cinco pacientes receberam terapia com imunoglobulina para aumentar sua resposta imune ao coronavírus, e um paciente foi tratado com plasma sanguíneo rico em anticorpos de um sobrevivente da Covid-19.
Após um mês de tratamento “dois pacientes permaneceram na unidade de terapia intensiva (UTI) e estavam em ventilação mecânica, dois estavam em fisioterapia por causa de paraplegia flácida e tinham movimento mínimo dos membros superiores, e um deles recebeu alta e podia caminhar de forma independente”, de acordo com o relatório.
Rubens de Fraga Júnior é professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie Paraná
Tive síndrome guillain bare em 2006, fiquem com sequela TETRAPLEGIA desde então, posso tomar essa vacina da covid? um medico que me atendeu a algum tempo me disse que não poderia mais tomar vacinar que seriam feitas com proteína do ovo, dando como exemplo a vacina da gripe, a vacina covid tem o mesmo principio na sua produção.