Artigo – Como garantir o fornecimento constante de energia elétrica nas instalações de Saúde?

Já parou para pensar que uma queda de energia elétrica, ainda que por poucos segundos ou minutos, pode causar grandes transtornos na nossa rotina? Sem ela, aparelhos domésticos, roteadores de internet, portões eletrônicos, elevadores e semáforos e uma infinidade de outros dispositivos não funcionam. E esses são apenas alguns exemplos do quanto a energia elétrica permeia aspectos fundamentais do nosso dia a dia.

Agora, pensando na área de Saúde, em um ambiente hospitalar ou clínico: além da infraestrutura predial (elevadores, portas automáticas, sistemas de iluminação, ar-condicionado, alarmes, videomonitoramento etc.) e dos equipamentos necessários para armazenar vacinas realizar exames e cirurgias, também há aparelhos de tratamento intensivo cruciais para a estabilização de pacientes em estado grave que de maneira alguma podem ser desligados. Nesse contexto, a energia elétrica é mais do que necessária, é vital.

Os hospitais certamente têm geradores de energia que mantém suas atividades e instalações protegidas contra quedas de energia de longo prazo. No entanto, existem ocasiões em que distúrbios elétricos podem ocorrer não só por falhas técnicas ou mesmo por chuvas – especialmente quando o Brasil já é considerado como o líder mundial de incidência de raios, que podem afetar a rede elétrica, com cerca 50 milhões de descargas por ano, conforme dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), órgão que que pertence ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Para se ter uma noção, garantir o abastecimento constante de energia elétrica para unidades hospitalares é uma questão tão importante que a ANVISA e o Ministério da Saúde elaboraram o Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar, que conta uma seção que fornece diretrizes para manter um sistema integrado de emergência seguro, garantindo o suprimento imediato em casos de interrupção de fornecimento. E uma das sugestões presentes no Manual é que o hospital deve “dispor de sistemas denominados comercialmente de ‘no break‘, que alimentam esses equipamentos em frações de segundo, evitando sua desprogramação; o mesmo dispositivo deve ser empregado em centros de processamento de dados (CPD) do hospital”.

As fontes de alimentação ininterruptas (UPS), conhecidas como nobreaks, protegem esses sistemas críticos, evitando picos de tensão e uma inconsistência dos equipamentos conectados a ele. Nesse caso, o nobreak não apenas fornece a “ponte” de proteção até que um sistema de geradores entre em operação, mas uma vez que esteja devidamente dimensionado e aplicado também fornece condicionamento de energia que isola os equipamentos médicos contra distúrbios de energia. Esses distúrbios podem surgir na rede elétrica ou internamente ao sistema de distribuição do hospital. Eles podem até mesmo ser causados por desligamentos de emergência ou temporários para a manutenção exigida pelos equipamentos elétricos existentes, aos quais os dispositivos hospitalares estão conectados.

Por isso, é importante verificar para qual finalidade os nobreaks serão usados, pois além de existirem modalidades específicas para cada setor, também se encontra diferenciação na aplicação e autonomia que os nobreaks podem oferecer, algo muito além de tarefas mais simples como tempo adicional para que os arquivos sejam salvos corretamente.

Sua melhor aposta é conhecer o consumo de energia das suas fontes de alimentação e, em seguida, obter com o fabricante de nobreak um gráfico de tempo de execução estimado para o modelo que você está interessado.

Pedro Al Shara é CEO da TS Shara, fabricante nacional de nobreaks e estabilizadores de tensão

Redação

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