Artigo – Conhecimento Médico na Pandemia: os desafios dos profissionais para se manterem atualizados

Enquanto o conhecimento clínico dobra a cada 73 dias, médicos e enfermeiros do mundo inteiro se sentem incertos se o diagnóstico que estão fazendo ou o tratamento que estão recomendando é o mais adequado para a necessidade do paciente. Os profissionais desdobram-se em cargas de trabalho pesadas, tendo como tarefa um grande volume de planos terapêuticos para iniciar ou dar continuidade.

Durante um atendimento, eles têm o desafio de trabalhar em um plano de assistência de fisioterapia, por exemplo, que precisa considerar o de nutrição, levar em conta o de enfermagem e se atentar também ao de fonoaudiologia. São diversos planos a serem analisados e correlacionados, porém, é comum que estes planos acabem não levando em consideração as indicações do outro profissional, ficando o paciente a mercê de retalhos de informações que muitas vezes não se cruzam.

O Brasil precisa avançar em termos de adoção de dados para a decisão clínica diagnóstica e para tratamentos focados no paciente e integrados ao prontuário eletrônico. Essa é uma realidade presente há décadas nos hospitais dos Estados Unidos e aplicada em todos os centros de atendimento do país atualmente.

É impossível lembrar de tudo o tempo todo para cada uma das situações. Por isso, é injusto contar com que os médicos e demais profissionais dependam apenas do seu próprio conhecimento e memória, e não lhes oferecer as informações certas para serem usadas de forma rápida e sem ponto de dúvida no beira-leito atendendo aos pacientes.

Além disso, é preciso considerar que é muito cansativo trabalhar durante horas e ainda ter que preencher uma série de documentos que tomam um tempo adicional de trabalho. Hoje, no Brasil, já existe tecnologia disponível para uso imediato, de baixo custo e simples implementação que deixa ao dispor  estas informações para todos os profissionais da saúde, dando mais segurança para eles e para os pacientes, resultando em menos trabalho com burocracia e melhor qualidade dos dados registrados para análises e tomadas de decisões mais assertivas pelos gestores e pesquisadores.

Um estudo transversal publicado na revista científica Medical Journal Armed Forces India, em maio de 2020, realizado para explorar as fontes de conhecimento e informações suspeitas acessadas pelos profissionais de saúde da Índia sobre Covid-19, feito com 33% de estudantes, 44% de não especialistas e 22% de especialistas, mostrou que o meio mais formal de obter informação foi através de sites do governo e o mais informal foram notícias on-line.

Do total de participantes, 68% aceitavam receber informações suspeitas, em geral de mídias sociais, familiares e amigos. Já 26% e 33% consideraram que as informações sobre a Covid-19 os deixaram desconfortáveis e distraíram a tomada de decisões de rotina, respectivamente, e 50% consideraram difícil diferenciar informações corretas e incorretas sobre o Coronavírus.

Porém, hoje em dia já existem fontes confiáveis e atualizadas sobre o que fazer em diversos momentos. Sites como o Healthcare Hub da Elsevier e de sociedades médicas publicam diariamente atualizações gratuitas e confiáveis sobre as mais recentes recomendações baseadas em evidências.

No mundo inteiro os profissionais vêm utilizando estas fontes de referência para a tomada de decisão, e, cada vez mais, estas informações estão incorporadas dentro do prontuário eletrônico, no CPOE, fazendo com que não precisem sequer buscá-las, elas simplesmente aparecem no prontuário no momento em que eles precisam, como um air bag na hora do impacto de um acidente.

Desta forma, é de grande importância que médicos e enfermeiros possam contar com o Suporte à Decisão Clínica baseado em evidências, inserido dentro do PEP, e que se sintam à vontade para solicitar tal recurso aos gestores hospitalares. Estes, por sua vez, devem ter como preocupação máxima apoiar os profissionais para a tomada de decisão mais adequada para que gerem melhores resultados para as equipes de atendimento, pacientes e hospital.

Os exemplos de Soluções de Suporte à Decisão Clínica integradas ao prontuário eletrônico e específicas para diferentes momentos da jornada do paciente são: ClinicalKey, que atualiza e apoia o médico no diagnóstico e tratamento para a decisão à beira-leito, em casos simples e complexos; Order Sets, que oferece protocolos para a prescrição a partir de diagnóstico com as recomendações de tratamento em formato de checklist com dados estruturados, basta o médico clicar para preencher o prontuário; Care Planning, que disponibiliza planos terapêuticos para equipes multidisciplinares trabalharem em conjunto, também em formato de checklist com dados estruturados que basta a enfermagem, fisioterapia, nutrição, e outras especialidades clicarem; Patient Engagement, que fornece um conjunto de folhetos ilustrados e vídeos em linguagem leiga para ajudar médicos e enfermeiros a educarem e orientarem o paciente.

Diante destes e outros tantos recursos disponíveis para uso imediato, o conhecimento médico em tempos de pandemia não é mais um problema. Os profissionais de saúde não precisam ficar inseguros sobre uma decisão diagnóstica, de tratamento ou de educação do paciente, e nem incomodados para solicitarem mais e melhores ferramentas para maior efetividade de seu trabalho, basta encontrarem as soluções digitais que são mais adequadas às suas necessidades, uma vez que todas estão disponíveis no Brasil e são ofertadas em português.

A Elsevier vem trabalhando consistentemente para que estas e outras Soluções de Apoio à Decisão Clínica baseadas em evidências estejam cada vez mais à disposição do mercado brasileiro, adequadas às regulações do Brasil e integradas aos prontuários eletrônicos.

 

 

 

 

Claudia Toledo é Diretora de Clinical Solutions da Elsevier

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.