Segurança no armazenamento de dados e infraestruturas que sejam capazes de suportar tanto as necessidades de negócios quanto as de atender às regras de compliance é uma grande preocupação de empresas de todos os segmentos. Essa questão torna-se ainda mais sensível com a chegada da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entra em vigor em 2020. Muito ouvimos a respeito, esse é o assunto do momento. Porém, quando falamos em hospitais, laboratórios e clínicas, o cuidado com o armazenamento deve ser muito maior e a proteção desses dados precisa ser feita da maneira mais segura possível.
Consegue imaginar a quantidade de dados pessoais e informações sensíveis que precisa ser armazenada? São milhares de pacientes, exames, equipamentos, receitas médicas, prontuários eletrônicos, ressonâncias magnéticas, etc. E tudo cada vez mais disponível no ambiente digital. Os números são infinitos e até existe uma discussão a respeito de quem seria a propriedade desses dados: do paciente, da instituição ou até mesmo dos médicos. Sem tecnologia é impossível ser eficiente, especialmente no que tange ao armazenamento de dados. E já existe um movimento no setor, pois se espera que a área de saúde invista pelo menos US$ 2,7 trilhões por ano até 2020 em infraestrutura de TI, globalmente, segundo estudo da International Data Corporation (IDC).
A necessidade é indiscutível. O que muitas vezes não se sabe é onde armazenar esse volume de dados gigantesco. Qual o melhor modelo? Na nuvem, em casa, híbrido? E depois, se eu optar por guardá-los fora de casa, onde eles ficarão hospedados? E por quanto tempo deverei guardá-los? Quais os tipos de arquivos devem ser realmente armazenados? E por aí vai. As dúvidas e perguntas não param.
Antes de qualquer coisa, é muito importante contextualizar a responsabilidade dos hospitais quanto às informações que eles guardam. A instituição é a encarregada por aqueles dados e qualquer tipo de vazamento dos mesmos ou um ataque cibernético no servidor será, obviamente, responsabilidade da empresa que está armazenando essas informações. Com o s documentos e exames sendo cada vez mais digitalizados, o volume aumenta exponencialmente e tudo isso exige uma camada de proteção. Tanto em soluções de backup, de data recovery, quanto em armazenamento em nuvem, em todas é preciso haver segurança.
Partindo para as questões técnicas, é fato também que a escolha de onde armazenar, seja por meio de um salvamento de dados local, em uma estrutura específica o u em uma cloud pública, é fundamental para a proteção desses documentos. O primeiro passo é identificar, levantar as necessidades e, a partir disso, montar a infraestrutura mais adequada para seu negócio. Aí vem toda a parametrização, qualificação, separação do que pode estar exposto ou não e dimensionar os insumos necessários na infraestrutura para acomodar toda essa separação. Inclusive, essa estrutura precisa ser definida de acordo com a legislação que rege o mercado de saúde especificamente.
Mas, por exemplo, se a opção escolhida for a nuvem, ela é interessante não só para o armazenamento de dados, mas também para a parte de processamentos e sistemas. Graças a ela, médicos, enfermeiros e toda a equipe médica podem acessar exames, prontuários eletrônicos, listas de medicamentos, informações pessoais de pacientes e mais de maneira remota, prática e segura. Os benefícios vão além das questões de custos e acabam impactando também no resultado do atendimento que é prestado ao paciente. O profissional da saúde terá a possibilidade de acessar informações de atendimentos passados, experiências anteriores do paciente no hospital, checar diagnósticos e a instituição terá uma visão clinica integral, algo que pode ser muito valioso para o gestor do hospital.
É fato que para evitar dúvidas e estresse, o apoio e o know how de um especialista, que tenha uma visão 360º, que seja de preferência agnóstico e que ainda tenha experiência no setor de saúde, pode fazer toda a diferença. Sempre digo que esse é um tipo de trabalho que precisa ser conduzido a “quatro mãos”, afinal, as mudanças não são fáceis de serem implementadas e exigem uma jornada. Só assim é possível realizar um bom planejamento e, com isso, tomar as melhores decisões no que diz respeito ao armazenamento de dados.
Silnei Kravaski é diretor executivo da Planus, empresa responsável pelo desenvolvimento do Planus IT 360°, portfólio que ajuda as empresas a prepararem-se para as novas demandas da transformação digital