Entre homens e mulheres, a força de preensão manual (HGS) está associada a medidas de saúde neurocognitiva do cérebro, de acordo com um estudo publicado online em 23 de junho no JAMA Network Open.
Kate A. Duchowny, da Universidade da Califórnia em San Francisco, e colegas, examinaram a associação entre HGS e demência, cognição reduzida e resultados de neuroimagem mais pobres entre os participantes do UK Biobank com idades entre 39 e 73 anos matriculados de 2006 a 2010. Uma subamostra de 190.406 adultos foi avaliada.
Os pesquisadores descobriram que um decréscimo de 5kg no HGS estava associado a pontuações mais baixas de inteligência fluida em homens e mulheres. Para homens e mulheres, um decréscimo de 5kg na FPM foi associado a piores chances de responder corretamente a uma tarefa de memória prospectiva. Em homens e mulheres, um decréscimo de 5kg na FPM foi associado a um maior volume de hiperintensidade da substância branca. Além disso, um decréscimo de 5kg na FPM foi associado ao aumento do risco de demência incidente, particularmente para homens. Não foi observada associação significativa entre o escore de risco genético da doença de Alzheimer e a FPM.
“Nossas descobertas se somam a um pequeno, mas crescente corpo de pesquisas indicando que a associação entre força muscular e demência pode ser devido a mecanismos vasculares e que intervenções destinadas a aumentar a força muscular, particularmente entre adultos de meia-idade, podem ser promissoras para a manutenção de saúde neurocognitiva do cérebro”, escrevem os autores.
Fonte: Kate A. Duchowny et al, Associations Between Handgrip Strength and Dementia Risk, Cognition, and Neuroimaging Outcomes in the UK Biobank Cohort Study, JAMA Network Open (2022). DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2022.18314
Rubens de Fraga Júnior é professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)