Artigo – Inovações no tratamento da reabilitação auditiva

As opções de reabilitação auditiva são inúmeras e a tendência é de que ocorra uma melhora ainda maior nos próximos anos, o que nos deixa mais confiantes e seguros para tratarmos os pacientes portadores dos diversos tipos de perda auditiva.

Atualmente, é possível oferecer aos deficientes auditivos uma gama cada vez maior de opções, como aparelhos auditivos convencionais (AASI) menores, mais potentes, permitindo maior interatividade e conectividade (ex.: tecnologia Bluetooth).

Os aparelhos auditivos convencionais (AASI) agem como amplificadores sonoros, estimulam acusticamente os ouvidos. O paciente normalmente possui uma perda auditiva parcial, moderada a severa, que pode ser melhorada com a ajuda dessas próteses. A adaptação normalmente é mais simples, não sendo necessária a realização de terapia fonoaudiológica específica.

Os implantes cocleares estimulam eletricamente o nervo auditivo e são indicados nos casos de perda auditiva severa à profunda, nos quais a orelha interna não é mais considerada funcional, existindo  uma degeneração severa e irreversível das células ciliadas da cóclea. Por se tratar de uma estimulação auditiva não convencional (elétrica), é necessário realizar uma terapia fonoaudiológica específica , principalmente nos primeiros 6 a 12 meses após a colocação do implante. Essa terapia é considerada extremamente importante para a  reabilitação auditiva do paciente.

Existem as próteses auditivas semi-implantáveis e implantáveis da orelha média, assim como os aparelhos auditivos osteointegrados, que competem com os aparelhos auditivos convencionais, sendo considerados boas opções  em casos selecionados.

Os implantes cocleares também apresentaram um salto tecnológico impressionante, permitindo aos usuários um rendimento auditivo excelente, obviamente quando bem indicado. Os Implantes tornaram-se menores, mais eficientes, oferecendo também maior interatividade e conectividade, com processadores de fala que permitem estratégias de estimulação mais eficazes. Atualmente, os implantes cocleares possuem 2 componentes, uma unidade interna colocada cirurgicamente e a outra, externa. No futuro provavelmente utilizaremos os implantes cocleares totalmente implantáveis ,ou seja, sem a unidade externa, o que sem dúvida melhorará muito a qualidade de vida dos pacientes.

Nos pacientes portadores de agenesia (ausência) da cóclea ou do nervo auditivo, existe a possibilidade de utilizar os implantes de tronco cerebral, porém, os resultados auditivos ainda são bem inferiores se comparados ao implante coclear.

Dr. Andy Vicente é otorrinolaringologista do Hospital CEMA

Redação

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