Artigo – O combate aos cânceres ginecológicos começa com informação

Criado pela União Internacional para o Controle do Câncer, o Dia Mundial de Combate ao Câncer, em 4 de fevereiro, tem por objetivo levar informação de qualidade a pacientes e familiares sobre o tema. Algo fundamental, principalmente quando voltamos o olhar para o combate aos cânceres ginecológicos.

Apesar de apresentarem alta letalidade, pouco se fala sobre os cânceres ginecológicos. São considerados neoplasias ginecológicas aquelas que afetam o aparelho reprodutor da mulher. Entre eles, podemos citar: colo uterino, ovário, corpo uterino/endométrio, vagina e vulva.

No Brasil, o câncer ginecológico mais incidente é o do colo de útero, seguido pelo de ovário um dos mais letais e de maior dificuldade de diagnóstico, pois não há exames específicos para sua detecção. Para se ter uma ideia, de cada 10 pacientes, apenas duas têm o diagnóstico precoce.

No caso do câncer de ovário, os principais fatores de risco que devem ser considerados são: idade superior a 40 anos, histórico familiar, não ter tido filhos ou ter sido mãe após os 30 anos e reposição hormonal5.

Apesar de serem mais comuns na terceira idade, os tumores ginecológicos podem também acometer mulheres de outras faixas etárias². Por isso, é importante se informar sobre seu histórico familiar e realizar consultas periódicas com médicos ginecologistas, que poderão indicar a realização de exames como Papanicolau, HPV e ultrassom transvaginal³.

É importante estar sempre atenta aos sinais do corpo. Um inchaço abdominal que persiste por dias ou meses, por exemplo, é um sintoma importante que precisa de investigação médica. Quanto mais precoce o diagnóstico e início de tratamento, melhores são as chances de evitar o avanço do tumor.

Apesar dos cânceres ginecológicos serem preocupantes, a medicina tem evoluído. Há novos tratamentos disponíveis. Muitos, inclusive, estão contemplados no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), tornando seu acesso garantido para todas as mulheres elegíveis aos tratamentos e que possuem plano de saúde.

É importante sempre contar com o apoio de amigos e familiares e buscar informações científicas sobre sintomas, diagnóstico e tratamento. Informação é poder.

Dra. Daniela de Freitas é médica oncologista do Hospital Sírio-Libanês

Referências:

  1. Instituto Vencer o Câncer. Disponível em: Link. Acesso em julho de 2021.
  2. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Disponível em: Link. Acesso em julho de 2021.
  3. CDC. Disponível em: Link. Acesso em julho de 2021.
  4. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Disponível em: Link. Acesso em julho de 2021.
  5. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Disponível: Link. Acesso em julho de 2021.
Redação

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