Artigo – Programas de atenção e monitoramento contribuem para otimizar cuidado com a saúde mental pós-pandemia

A saúde mental vem ganhando cada vez mais relevância e espaço nos últimos anos. Potencializada pela pandemia da Covid-19, o cuidado com o bem-estar da mente se equiparou ao do bem-estar físico. Diversas pesquisas reafirmam essa percepção, como a do Instituto Ipsos, publicada em outubro de 2022, que aponta que este é o 2º maior assunto de preocupação com relação à saúde, ficando atrás apenas do Covid-19[1].

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), somente no primeiro ano de pandemia, as taxas de depressão e ansiedade aumentaram 25% em todo o mundo[2]. Na América Latina, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão[3]. A Care Plus, operadora de saúde premium com 30 anos de atuação, registrou, entre 2020 e 2022, um aumento exponencial na busca pelos serviços do Programa Mental Health, lançado em 2019, quando ainda não se falava sobre o Coronavírus e os impactos causados pelo isolamento social. Em março de 2021, a demanda do Mental Health cresceu 96% em relação ao mesmo período de 2020, e em 2022, foram atendidos mais de 4 mil beneficiários, sendo mais de 2 mil novos casos.

Neste Janeiro Branco, mês que marca a conscientização sobre a saúde mental, é essencial debater esforços que contribuam para uma vida mais equilibrada e saudável. Por isso, especialistas vêm alertando para comportamentos que podem agravar quadros de transtornos mentais, como o consumo deliberado e excessivo de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos. Dados de 2021 do Conselho Federal de Farmácia[4], por exemplo, mostram que quase 100 milhões de caixas de antidepressivos foram vendidas apenas em 2020, um salto de 17% em relação à 2019. Outro levantamento da InterPlayers[5] apontou um aumento de 11% no primeiro bimestre de 2022 nas vendas de antidepressivos no Brasil, em comparação ao mesmo período de 2021.

Os números devem ser observados com atenção, mas reforçam algo que muitos já sabem: o acompanhamento preciso e cauteloso dos pacientes é fundamental para avaliar as condições reais de cada pessoa e identificar necessidades, reduzir o impacto do uso excessivo de medicamentos, além de evitar a automedicação e orientar o paciente para um tratamento efetivo.

Programas de acolhimento e acompanhamento, como o Mental Health, da Care Plus, podem ajudar a transformar este cenário. Funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, os beneficiários têm à sua disposição uma equipe multidisciplinar que atua em todas as etapas da jornada de tratamento, desde o contato inicial, e seja por um sintoma pontual ou por um tratamento mais amplo e completo. A integração e o olhar atento, colocando o paciente sempre como centro das decisões, são a chave para resultados mais assertivos, garantindo o bem-estar e o equilíbrio no uso das terapias disponíveis.

Ricardo Salem é médico e diretor da Saúde da Care Plus

Referências:

[1] www.ipsos.com/sites/default/files/ct/news/documents/2022-10/Ipsos-World-Mental-Health-Day-2022_Report_0_2.pdf

[2] www.paho.org/pt/noticias/17-6-2022-oms-destaca-necessidade-urgente-transformar-saude-mental-e-atencao

[3] www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/na-america-latina-brasil-e-o-pais-com-maior-prevalencia-de-depressao

[4] www.cff.org.br/noticia.php?id=6428#:~:text=Tomando%20como%20base%20o%20ano,2017%2F2018%2C%209%25

[5] veja.abril.com.br/coluna/radar/venda-de-antidepressivos-cresce-11-no-primeiro-bimestre-diz-levantamento

Redação

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