Artigo – Segurança Hospitalar: Como a tecnologia auxilia no dia a dia de enfermeiros e pacientes

Os profissionais de enfermagem representam um dos pilares da saúde no Brasil. Segundo a Confederação Federal de Enfermagem (COFEN), existe mais de 2,7 milhões de enfermeiros registrados no país.

Além da data destinada a eles, 12 de maio, alguns países dedicam o dia 25 de janeiro como o Dia Internacional do Enfermeiro de Infusão, profissional especializado que fornece atendimento e aconselhamento para pacientes que necessitam de tratamentos intravenosos ou cateterismo, administrando e monitorando medicamentos e fluídos.

Diante do triste cenário trazido pela pandemia, onde todos os holofotes se voltaram para a área da saúde, esses profissionais assumiram um grande protagonismo não apenas no atendimento e dedicação ao paciente, mas também assumindo outras funções como a atuação na gestão das equipes, administração hospitalar, manutenção dos índices de qualidade assistencial e na segurança do paciente, sendo esta imprescindível, tanto para a população no geral quando para as instituições, que vale a pena nos aprofundarmos.

A segurança do paciente engloba um conjunto de medidas que tem o objetivo de diminuir ao máximo os índices de potenciais falhas evitáveis tornando o erro menos provável. Para isso, foi criado pelo Ministério da Saúde o Programa Nacional de Segurança do Paciente, que por meio da implementação dos Núcleos de Segurança do Paciente recomendam seis protocolos de prevenção que visam a identificação dos pacientes corretamente; aprimorar a qualidade da comunicação, melhorar a segurança na prescrição, no uso e administração de medicamentos; garantir a segurança em cirurgias; reduzir os riscos de infecções relacionadas à saúde e reduzir risco de quedas e lesões por pressão.

De acordo com a Organização de Apoio ao Desenvolvimento Econômico, estima-se que 1 em cada 10 pacientes sofra algum dano ao receber cuidados hospitalares, tornando a segurança um problema de saúde pública. Quando nos referimos a segurança na saúde, estamos falando em criar mecanismos dentro do sistema para que os processos de atividades dependentes de perfeição humana se tornem mais seguros. Diante disto, a tecnologia aparece como uma forte aliada aos profissionais da saúde, ela favorece o atendimento e tratamento aos pacientes, uma vez que por meio dela os procedimentos se tornam mais otimizados, seguros e confiáveis, e os processos ficam menos suscetíveis a erros humanos, promovendo agilidade, efetividade e maior produtividade para a equipe assistencial. Mas é importante salientar que somente a tecnologia não garante a segurança do paciente, ela é complementar e precisa andar de mãos dadas com os profissionais de saúde, que mesmo estando suscetíveis aos erros, precisam encontrar no ambiente profissional um acolhimento humanizado.

Investir em tecnologia para apoiar a segurança do paciente em um primeiro momento pode parecer impraticável pelo seu alto custo, porém o impacto para a segurança é proporcional, a medida em que se é estruturada em cada instituição, o investimento gera uma significativa economia de recursos, redução de desperdícios, redução do dano evitável, além de salvar vidas.

Crédito: Ricardo Matsukawa

 

Karina Pires é sócia fundadora e Diretora de Novos Negócios no IBSP – Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente. Especialista em Qualidade e Segurança do Paciente pela Universidade Nova de Lisboa

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.