Acontece nos dias 19, 26 de setembro e 3 de outubro, de 10h30 às 12h, após cadastro pelo link www.meettheexperts.com.br, o encontro digital “Meet the experts”. Idealizado pela Boehringer Ingelheim, o evento tem o objetivo de disseminar o conhecimento de especialistas sobre a fibrose pulmonar idiopática (FPI). A FPI é uma doença rara, de causa desconhecida (idiopática), crônica e progressiva, que afeta os pulmões, causando cicatrizes (fibrose) que reduzem a área de troca de ar [II].
A doença atinge de 0,22 a 17,4 pessoas a cada 100.000 [III]. É mais comum em homens acima de 60 anos, fumantes e ex-fumantes [III]. Entre os sintomas mais comuns, estão a falta de ar e a tosse [III]. “Esses sinais são muitas vezes confundidos com o envelhecimento e outras doenças respiratórias e cardíacas, o que costuma atrasar o diagnóstico. Estima-se que mais da metade dos pacientes não recebam inicialmente um diagnóstico assertivo, e o tempo médio para o diagnóstico correto varia entre um a dois anos após o início dos sintomas [I]” explica o Dr. Adalberto Rubin, pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre.
O diagnóstico pode ser feito pela combinação do histórico clínico do paciente, tomografia computadorizada de alta resolução e, em alguns casos, uma biópsia pulmonar cirúrgica pode ser necessária [III]. A correta identificação da doença é fundamental para iniciar o tratamento adequado do paciente.
A evolução dos medicamentos foi considerada um divisor de águas para médicos e pacientes. A doença ficou conhecida como “órfã de tratamento” por muitos anos até a chegada de medicamentos antifibróticos que atuam retardando sua progressão em até 50% [IV]. Até 2016, eram administrados apenas tratamentos para sinais e sintomas. “Os antifibróticos atuam impedindo a proliferação descontrolada das células que formam as cicatrizes, desaceleram o ritmo de evolução da doença e diminuem os riscos de exacerbação (crises de piora aguda da doença) da FPI [II]” esclarece o Dr. Rubin.
Durante os eventos serão abordados temas como a importância do diagnóstico e tratamento precoce da FPI e como centros de referência com equipe multidisciplinar e infraestrutura podem auxiliar no cuidado otimizado do paciente. Isso será realizado em um formato didático, a partir de trocas de experiências entre médicos pneumologistas e radiologistas, com discussão de caso clínico e opinião de especialistas baseado em diretrizes de diagnóstico e tratamento nacionais e internacionais.
“É de grande valia que pneumologistas de todo país participem do evento que tem o foco em atualizar os especialistas e engajar os médicos a falarem sobre a doença e ter um diagnóstico precoce com tratamento adequado” explica o especialista. O médico reforça também que outras especialidades que costumam ser procuradas nessas situações como cardiologistas, clínicos e geriatras, devem se atentar ao quadro do paciente para o encaminhamento ao pneumologista.