Em sua oitava edição, em Trieste, Itália, de 19 a 21 de setembro, a International Society of Peripheral Neurophysiology Imaging (ISPNI) definiu que o Brasil sediará a décima reunião anual de seus médicos e pesquisadores, em 2021. A ISPNI congrega especialistas de seis continentes em áreas como neurologia, radiologia, fisiatria, reumatologia, cirurgia ortopédica e muito mais.
A presidência do encontro ficará em casa, será da brasileira Ana Lucila Moreira, membro da Academia Brasileira de Neurologia e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC).
No encontro, em Trieste, Ana foi eleita para o board da International Society, o que significa que, desde agora, o Brasil passa a ter um representante oficial no Comitê Científico da ISPNI.
O presidente Gilmar Prado, representando a ABN, parabenizou-a pessoalmente, registrando que a Academia apoia e está comprometida com o sucesso da reunião 2021. Eis suas palavras: “Todos nós, em especial nosso Departamento Científico de Neurofisiologia, temos interesse acadêmico na integração da imagem na avaliação clínica e neurofisiológica das doenças neuromusculares”.
Confira, a seguir, breve entrevista com a professora e presidente do X Congresso da International Society of Peripheral Neurophysiology Imaging, Ana Lucila Moreira:
Qual a importância de um encontro desse porte ocorrer no Brasil? O que isso diz sobre nossa medicina e a neurologia?
Trazer o congresso da International Society of Peripheral Neurophysiology Imaging (ISPNI) para o Brasil significa termos a oportunidade única de aprender em sessões práticas com os melhores do mundo. Estarão aqui representantes de diversos países que se reúnem sempre para contribuir com os avanços em nosso campo de atuação e que produzem material científico de extrema qualidade.
O que esperar do Congresso?
O Ultrassom Neuromuscular está começando a se desenvolver no Brasil, e já faz parte há 6 anos dos cursos pré-congresso de Neurofisiologia Clínica. Tenho participado de muitos eventos internacionais, de forma que o Brasil está sempre representado. Agora conseguimos chamar a atenção para a necessidade de incentivo na educação aqui. Fomos ouvidos, e finalmente teremos a honra de sediar o evento.
Quais são suas atribuições, como presidente?
Devo integrar as áreas de interesse em imagem na Neurofisiologia Clínica – neurologia, neurofisiologia clínica, radiologia e neurocirurgia. Aliás, serão áreas que poderão contribuir e se beneficiarem desse evento.
Como será o encontro de 2021?
Contaremos com representantes dos EUA, Europa e Ásia. Eles virão ao Brasil para ensinar Ultrassom Neuromuscular. O congresso sempre é muito prático, com sessões hands-on supervisionadas por especialistas no assunto, além das aulas teóricas contendo as novidades.
Qual a interseção entre nossa neurologia com esse campo do conhecimento? A Neurologia do Brasil é muito presente no cenário internacional, e reconhecida por sua qualidade. A ABN já tem desenvolvido um grande trabalho na Neurossonologia, e agora com a possibilidade de reunir os DCs de Neurofisiologia Clínica e de Neurossonologia, o Ultrassom Neuromuscular pode se desenvolver de forma séria e contribuir cada vez mais para que os nossos pacientes tenham acesso a um diagnóstico preciso, que ajude a definir condutas de forma mais rápida e confiável.