Brasília implementa iniciativa que padroniza rede de atendimento ao paciente com infarto agudo do miocárdio na rede pública

Já está em vigor na capital federal o SPRINT, projeto idealizado pela Boehringer Ingelheim, uma das 20 maiores farmacêuticas do mundo, que tem como objetivo desenvolver e melhorar redes de atendimento ao paciente com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), além de promover o diagnóstico rápido e a escolha adequada da estratégia terapêutica, minimizando os atrasos no tratamento e reduzindo a mortalidade pela doença.

O projeto piloto, implementado em Brasília (DF), tem a liderança da cardiologista da Rede SES-DF Edna Maria Marques de Oliveira. A médica é a responsável pela captação e condução do projeto, juntamente com o Colegiado e RTD da Cardiologia da Rede SES-DF, em alinhamento com seus gestores.

“O SPRINT, em Brasília, está sendo muito importante para a formação de redes capacitadas a atender rapidamente os pacientes com IAM, pois existe um envolvimento de toda a equipe médica regional. Além disso, o projeto viabiliza a coleta de dados dos pacientes como sintomas, tratamentos e encaminhamentos. Com o tempo, ele poderá ser apresentado para a Sociedade Brasileira de Cardiologia e até para o Ministério da Saúde”, afirma a Dra. Edna.

A médica também explica que não haverá qualquer custo para a Secretaria de Saúde. “Ao final do período, dependendo dos resultados, a metodologia poderá implementada definitivamente na rede pública de saúde”, completa.

O IAM é uma condição clínica grave que leva de 40 a 65% dos pacientes a óbito na primeira hora e 80% nas primeiras 24 horas. Segundo o DATASUS, a doença é responsável cerca de 100 mil óbitos por ano. Com o intuito de reverter essa realidade, um comitê de especialistas ligados ao SPRINT criou um conjunto de ferramentas, com o objetivo de auxiliar em cada etapa de desenvolvimento das redes, estimulando um alto padrão de atendimento, como treinamentos da equipe médica, implementação de protocolos, padronização de materiais, coleta e monitoramento de dados de pacientes e compartilhamento de melhores práticas, para que pacientes sejam atendidos com eficiência e rapidez em toda a rede. Atualmente, fazem parte da rede 38 hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Redação

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