Campanha de valorização da mulher cardiologista e profissional de saúde é lançada

A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) promove uma campanha de valorização das mulheres cardiologistas e profissionais de saúde. Durante todo o mês de março, posts serão publicados nas mídias sociais da entidade sobre o tema, voltados para os sócios e também para o público em geral. Uma série de entrevistas exibida dentro do site da entidade, irá abordar ao longo de quatro episódios os desafios do universo feminino e de que forma conciliar a vida profissional e pessoal. O programa será conduzido por cardiologistas e sempre terá uma entrevistada. E outros quatro podcasts estão programados ao longo do mês pela Diretoria Científica.

A SOCESP tem entre os seus associados 1.151 mulheres cardiologistas, 1.031 acadêmicas de medicina, 305 médicas residentes e 131 médicas de outras especialidades. A Sociedade é também uma entidade multidisciplinar e tem 249 associadas das áreas de Educação Física, Enfermagem, Farmacologia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Serviço Social, além de 255 acadêmicas e 126 residentes de outras áreas da saúde. “É um universo de 3.248 sócias e decidimos, já no ano passado, sugerir a criação do grupo SOCESP Mulher, integrado somente por mulheres, para elaborar ações de valorização feminina, atividades e eventos inteiramente voltados para as necessidades delas”, destaca o presidente da SOCESP, João Fernando Monteiro Ferreira.

A diretora da SOCESP, Lilia Nigro Maia, que assumiu o desafio de coordenar o SOCESP Mulher, lembra que a primeira ação foi promover uma campanha, ainda em 2020, para o Outubro Rosa. “Alertamos o público em geral que, além da prevenção oncológica, as mulheres precisam cuidar também das doenças cardiovasculares que matam sete vezes mais do que o câncer de mama e muitas vezes é negligenciada pelo público feminino”, conta Lilia.

A pesquisa da SOCESP feita com as sócias revelou uma presença feminina em todas as áreas em que a entidade possui regionais. Após a Capital, o maior número de cardiologistas se concentra na região de Campinas, seguido por São José do Rio Preto, ABCDM, Vale do Paraíba, Ribeirão Preto e Santos, Sorocaba, Araras, Bauru, Marília, Jundiaí, Osasco, Presidente Prudente, Araçatuba e Piracicaba, Botucatu e Araraquara, São Carlos e Franca. A Sociedade, apesar de ter atuação no Estado de São Paulo, promove cursos, eventos e congressos com enorme qualidade científica, tanto que 46% das sócias cardiologistas e 17% das associadas profissionais de saúde residem e atuam em praticamente todos os estados do país.

“Sempre enfrentamos enormes desafios na vida para conciliar as múltiplas atividades que assumimos. Agregamos, ao longo do tempo, o nosso posicionamento no mercado de trabalho. E agora essa pandemia colocou muitas de nós na linha de frente do combate ao Coronavírus”, completa Lilia Nigro Maia, que coordena a equipe responsável pelo projeto SOCESP Mulher composta por Ieda Jatene, Maria Cristina Izar, Suzana Avezum, Salete Nacif e Isa Pispico.

Coração feminino

Levantamento da SOCESP revela que as doenças cardiovasculares que, há 60 anos vitimavam nove homens para uma mulher, atualmente estão quase na mesma proporção: um para uma. “Precisamos usar de todas as estratégias de comunicação para informar que as mulheres também morrem por infarto, AVC e ficam doentes quando não evitam os fatores de risco para o coração, sem falar nos sintomas do infarto, por exemplo, que no caso delas, podem ser completamente distintos dos homens”, finaliza o presidente da SOCESP para justificar a campanha tão ampla.

A série “Desafios femininos atuais” será transmitida pelo Web Socesp, dentro do site da entidade, a partir de 10 de março, às 19h30. Os quatro episódios da primeira temporada serão: “Quando ter filhos”, “Nasceu! Como vou deixa-lo para trabalhar”, “Que loucura: filhos x emprego?” e “Eles cresceram! E agora, como viver com a ausência?”.

Os temas dos podcasts científicos serão como tratar as “Particularidades das Doenças Cardiovasculares na Mulher”, o “Câncer de mama e a Cardiotoxicidade”, o “Risco Cardiovascular no Climatério” e a “Hipertensão Arterial na Mulher”.

A campanha nas mídias sociais trará dados, estudos e informações de qualidade para prevenir as doenças do coração e promover qualidade de vida.

Redação

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