Campinas: Sociedade de Medicina alerta para falta de testes para Covid-19 e orienta população

A Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) está fazendo um alerta para a possibilidade de falta de testes de Covid-19 na cidade e orientando a população sobre a importância de redobrar os cuidados e seguir os protocolos de segurança. A realização de testes de Covid-19 chegou a quintuplicar em alguns laboratórios de Campinas (SP) na última semana de dezembro, quadro que se mantém em janeiro. A alta demanda pode causar um desabastecimento de testes, comprometendo o controle da pandemia.

De acordo com o coordenador do Departamento Científico de Patologia Clínica da SMCC, Dr. Alex Galoro, o índice de resultados positivos também aumentou significativamente no período. “No início de dezembro, de 2% a 3% dos resultados de Covid-19 eram positivos. Agora, este índice saltou para 40%”, compara.  Ele explica que o risco de desabastecimento é mundial. “Para os reagentes, são utilizados insumos importados. Como também há uma demanda muito grande em países como China e Estados Unidos, nós ficamos em segundo plano”, comenta. Os reflexos da atual situação já começam a ser sentidos. “Alguns laboratórios aumentaram o prazo de entrega dos resultados e outros já fecharam a oferta de alguns tipos de testes”, diz.

Outro reflexo pode ser a necessidade de priorizar a realização do exame em pacientes com sintomas mais graves ou hospitalizados. “Os governantes e a população sabem da importância da testagem para o controle da pandemia, para a orientação de isolamento e para o tratamento. Mas, diante deste possível desabastecimento, talvez seja necessário priorizar, fazer uma racionalização da testagem”, comenta. Ele reconhece que pode haver um prejuízo em relação ao controle da doença. “A conscientização e a aderência ao isolamento são maiores quando a pessoa sabe que está contaminada”, comenta.

Por isso, neste momento, é fundamental que a população se conscientize e adote os protocolos de prevenção, que são, principalmente, usar máscara, higienizar as mãos com álcool em gel e evitar aglomeração. “Também é importante aguardar em isolamento e avaliar a evolução do caso”, orienta o médico.

Na impossibilidade de realizar o teste, a pessoa deve manter o isolamento, pelo menos, até o 10º dia. Após esse prazo, poderá sair, desde que não apresente sintomas respiratórios e febre, sem uso de antitérmico, há 24 horas.

Redação

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