Durante a pandemia da Covid-19, por medo de contaminação e suspensão de exames e procedimentos eletivos, muitas mulheres deixaram de realizar consultas e avaliações de rotina, como as mamografias, capazes de identificar casos potenciais de câncer de mama.
Liderando as estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o que mais acomete as mulheres. Em 2019, mais de 18 mil mulheres vieram a óbito em função da doença e mais de 66 mil novos casos foram diagnosticados em 2020, no Brasil.
O cenário preocupa a comunidade médica, já que, de acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2020, foram realizadas 1 milhão de mamografias a menos, em comparação ao ano anterior. A estimativa aponta que 4 mil mulheres deixaram de ser diagnosticadas nesse período.
Além das mamografias, outros exames genômicos tumorais, de alta acuracidade, permitem detectar uma mutação genética em mulheres com histórico de câncer de mama na família. A detecção precoce da possibilidade de câncer de mama, antes mesmo do surgimento de nódulos, permite que algumas medidas profiláticas sejam adotadas – como a quimioprevenção e a mastectomia, ou retirada das mamas –, a fim de que a paciente não passe por estágios agressivos de tratamento e combate da doença, com o risco de vir a óbito.