Câncer gástrico: os benefícios das técnicas mais avançadas já disponíveis no Brasil

O câncer de estômago, ou câncer gástrico, é um tipo de câncer muito comum no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro tipo de câncer mais frequente nos homens e o quinto entre as mulheres.

Segundo o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião oncológico do Centro de Carcinomatose Peritoneal, são fatores de risco para desenvolver o câncer gástrico a obesidade, principalmente da parte mais alta do estômago, o consumo excessivo de sal, conservantes, agrotóxicos, a ingestão de bebidas alcoólicas, bem como o tabagismo.

Muitos casos de tumores gástricos, em seu estágio inicial, não causam nenhum sintoma. Outros, podem ocasionar mal-estar, fadiga, indigestão, dor de estômago, dor abdominal, vômito com sangue ou, às vezes, apenas perda de peso.

“Em caso de qualquer sintoma diferente, inespecífico, principalmente abdominal e de digestão, um médico deve ser consultado para uma avaliação e realização de exames, se necessário”, alerta Dr. Arnaldo.

O diagnóstico do câncer gástrico é feito através de endoscopia digestiva alta com biópsia.

“Caso a doença esteja localizada, o tratamento provavelmente será cirúrgico. Pacientes com doença avançada serão orientados para a realização de quimioterapia para, então, serem encaminhados para a cirurgia”.

Tratamento cirúrgico e HIPEC

A HIPEC foi desenvolvida nos anos 1980, pelo Dr. Paul Sugarbaker. A sigla em inglês para “Quimioterapia Hipertérmica Intraperitoneal/Intrapleural” (Hiperthermic Intraperiotenal Chemoterapy) é considerada, hoje, um dos tratamentos mais avançados para diversos tipos de câncer, entre eles o câncer gástrico.

Casos originários de pseudomixoma, câncer de ovário, câncer primário de peritônio, câncer de apêndice, de intestino e mesotelioma abdominal são os que melhor respondem à técnica.

A HIPEC consiste na aplicação de quimioterapia quente após a cirurgia citorredutora, que é a retirada cirúrgica dos tumores. A HIPEC é aplicada a uma temperatura superior a 40º C, diretamente na cavidade abdominal do paciente.

A combinação destas técnicas é hoje uma opção para muitos pacientes que até pouco tempo atrás não teriam nenhuma possibilidade de tratamento, pois não respondiam eficientemente a nenhum dos demais tratamentos disponíveis. Infelizmente, nem todos os pacientes se beneficiam da cirurgia.

“Nos casos de carcinomatose peritoneal decorrente de câncer gástrico, a cirurgia citorredutora com HIPEC é indicada em poucos casos, bem selecionados”, explica Dr. Arnaldo.

Redação

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