O Centro de Excelência Canabinoide (CEC), empreendimento pioneiro especializado no uso medicinal da cannabis no Brasil, realiza a “Semana de Cannabis Medicinal e Esportiva”, entre 3 e 7 de maio. O evento online é destinado a esportistas profissionais e amadores interessados em ampliar seus resultados, bem como a médicos que desejam prescrever tratamentos com medicamentos à base de cannabis para seus pacientes. “Será um encontro internacional entre atletas, médicos e cientistas, abordando as principais novidades, estudos e tendências sobre a relação entre o esporte e a medicina canabinóide”, destaca Marcelo Sarro, CEO do CEC.
A programação começa com o lançamento de pesquisa inédita produzida pelo Civi-co mostrando a percepção das pessoas sobre o uso medicinal da cannabis e um debate sobre Educação, empreendedorismo e inovação no mercado de cannabis medicinal. Além disso, todos os dias do evento contarão com painéis explorando diferentes tópicos da relação entre o uso medicinal da cannabis e a prática esportiva. As sessões trazem os seguintes temas: A Relação da Cannabis no Sistema Nervoso Autônomo; Como os Canabinóides e uma Alimentação Moderada Podem Ajudar no Processo de Recovering; A Medicina Canabinóide e o Exercício Físico: O que já Sabemos do Ponto de Vista de Pesquisa; Psicodélicos e Esporte, a Próxima Onda; e O Cenário de Pesquisas e Resultados da Cannabis Medicinal nas Atividades Esportivas dos Estados Unidos.
Os assuntos serão debatidos por figuras renomadas do Brasil e do exterior. Os palestrantes nacionais são: Fabio Gurgel, tetracampeão mundial de jiu-jitsu; Cynthia Howllet, esportista, jornalista e nutricionista do esporte; Stevens Rehen, cientista, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador do Instituto D’Or; Marcelo Valio, médico especializado em Medicina Esportiva e Nutrologia; Pedro Pierro, pioneiro em prescrição de medicamentos à base de cannabis no Brasil e diretor Médico do CEC; Alinny Issac, doutora em Ciências Biológicas e pesquisadora do Laboratório de Doenças Neurodegenerativas da UFRJ; Patrícia Villela, presidente do Humanistas 360 e co-fundadora do Civi-co; Marcelo Sarro, CEO do CEC; Leonardo Soldon, diretor de Educação do CEC; Bruno Pegoraro, co-fundador e presidente do Instituto de Pesquisas Sociais e Econômicas da Cannabis; e Alex Lucena, CIO da The Green Hub.
Já entre os convidados internacionais estão confirmados: Sandra Carrilo, médica colombiana e especialista reconhecida mundialmente no uso cannabis medicinal; Jahan Marcu, PHD em Biologia Celular e Anatomia, co-fundador da Marcu & Arora; e Jordan Tishler, especialista treinado em Harvard no campo da terapêutica de cannabis medicinal.
Além da Semana de Cannabis Medicinal e Esportiva, o CEC oferece, aos médicos inscritos no evento, o curso online gratuito ‘Introdução à Prescrição da Medicina Canabinóide’, que será ministrado por acadêmicos da UFRJ.
Informações e inscrições: agendamento.cecmedic.com.br/semana-de-medicina-performance-esportiva-cec
Cannabis medicinal pode ser alternativa no tratamento de endometriose
No Brasil, a endometriose acomete cerca de 15% das mulheres, ou seja, 6,5 milhões de brasileiras por ano. O tratamento da dor secundária da endometriose constitui um desafio histórico na prática clínica e muitos destes tratamentos são à base de hormônios, com uma série de efeitos colaterais.
Segundo artigo da Medical Cannabis Network, os órgãos pélvicos femininos possuem uma densidade muito alta de receptores canabinóides, fazendo com que o tratamento da endometriose com medicamentos à base de cannabis seja promissor, principalmente nos sintomas desse distúrbio. “Os receptores canabinóides são locais onde as substâncias medicinais da planta se ligam e produzem seus efeitos medicamentosos”, explica a Dra. Maria Teresa Jacob, médica que atende pacientes com a cannabis medicinal.
A cannabis tem sido utilizada para tratar várias complicações ginecológicas e outras doenças em todo o mundo, pois restabelece o equilíbrio do organismo com menor incidência de efeitos colaterais. “A endometriose, patologia relativamente frequente entre mulheres na fase reprodutiva, compromete enormemente a qualidade de vida pela dor severa e por complicações genito-urinárias. Estudos demonstram que a cannabis atua na melhora da dor, com recuperação da qualidade de vida e diminuição de complicações”, completa a médica, que também é especialista em dor crônica.
Os fitocanabinóides, substâncias presentes na cannabis, apresentam alívio para diversos incômodos que acometem as mulheres, sendo uma alternativa mais eficaz e menos invasiva. “Estudos anteriores sugerem que a cannabis tem a capacidade de mitigar problemas de sono, irritabilidade e dor nas articulações, portanto, pode desempenhar um papel significativo em alguns dos sintomas associados à Tensão Pré-Menstrual”, apontam no artigo.
A utilização da cannabis como medicamento não é de hoje, inclusive era receitada pelo médico inglês Sir Reynolds para tratar as cólicas menstruais da rainha Vitória, no século 19. Reynolds foi responsável pela primeira publicação sobre o uso da planta para dor, seus efeitos terapêuticos e adversos na revista científica Lancet, em 1890. “Da mesma forma, observa-se melhora na tensão pré-menstrual, nas cólicas menstruais, nos sintomas indesejáveis da menopausa, nas dores pélvicas crônicas e no desempenho sexual”, finaliza a Dra. Maria Teresa.
Webinar: “As indicações do canabidiol nas epilepsias da infância”
Acontece no dia 27 de abril, às 19h, o webinar “As indicações do canabidiol nas epilepsias da infância”. Promovido pela Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), o evento online contará com a participação da Doutora Laura Guilhoto, Neuropediatra e Presidente de honra da ABE, MSc. Amanda Mosini, Mestre em Ciências da Unifesp e Doutoranda em Neurologia e Neurociência da Unifesp; e o Doutor Flávio Rezende, mestre e doutor em Neurologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Health Meds, empresa brasileira especializada no mercado de canabis medicinal.
Na oportunidade, também serão abordados os riscos das fake news que envolvem a canabis medicinal e a importância da divulgação de informações corretas sobre o assunto, deixando claro a importância das pesquisas científicas e das orientações médicas
“Com o avanço da ciência, estudos de fase III com fitofármacos à base de canabidiol, um extrato purificado da planta, apresentam evidências científicas sólidas que já resultaram na aprovação regulatória pelo FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos, para o tratamento das síndromes de Dravet e Lenox Gastaut, dois tipos graves de epilepsia”, diz o neurologista Flavio Rezende.
Informações: facebook.com/AssociacaoBrasileiradeEpilepsia