Chegada de pacientes críticos ao HCor cresce 27% durante pandemia

No contexto da pandemia de Covid-19, aumento de casos da doença e o isolamento social, muitas pessoas deixaram suas rotinas de exames e tratamentos de lado por receio de se contaminar. Após o início da quarentena, o hospital registrou aumento de 27,8% de pacientes considerados críticos (que tiveram passagem pela UTI em algum momento da internação) – entre os meses de abril, maio e junho. O levantamento foi realizado apenas com pacientes não infectados pelo novo coronavírus e os dados são comparados com o mesmo período de 2019.

Pedro Mathiasi, infectologista e Superintendente de Qualidade e Segurança do HCor, explica que o aumento no volume de pacientes críticos se dá porque as pessoas têm evitado a ida ao hospital para acompanhamento médico e até mesmo interrompido os tratamentos em andamento por medo de contaminação. “A maior parte de nossos pacientes são considerados de risco, no entanto, as doenças crônicas demandam acompanhamento rotineiro e, em alguns casos, procedimentos como quimioterapia e hemodiálise, que não podem ser descontinuados em hipótese alguma sem orientação médica”, destaca.

Para Alexandre Abizaid, cardiologista do HCor, os pacientes têm chegado ao hospital com doenças em estágios muito avançados, como infartos ou insuficiência cardíaca e, por isso, precisam passar mais de uma semana internados. “Além da não interrupção dos tratamentos de doenças já conhecidas é importante que os pacientes tenham atenção aos principais sinais e sintomas do corpo”, observa.

Concomitante a este aumento, a realização de exames de diagnóstico caiu 71% no HCor, com 38.299 checagens anteriormente, contra 10.928 agora. Os especialistas ressaltam que a decisão de postergar exames ou consultas médicas depende inteiramente da estabilidade da doença e do autoconhecimento do próprio paciente na observação de sinais de alerta. No entanto, alguns quadros necessitam de monitoramento constante, como aqueles com hipertensão arterial não controlada ou indivíduos que sofreram infarto do miocárdio.

HCor mais seguro

Com um projeto intitulado “HCor mais Seguro”, o Hospital implementou medidas específicas para aumentar ainda mais a segurança de seus pacientes, sobretudo em seus prontos-socorros e na realização de exames.

A higienização das mãos com álcool em gel na entrada do hospital, em consultas médicas ou realização de exames e procedimentos é obrigatória, assim como o uso de equipamentos de proteção individual. Há uma triagem antes de qualquer visita, por telefone, e na chegada do paciente, para saber se há a presença de sintomas gripais, como febre. Todos devem ficar a pelo menos 1,5 metro a 2 metros de distância.

O ambiente é, ainda, dividido em fluxos preferenciais, com orientações baseadas em escalas de cores para pacientes considerados não Covid e outro para aqueles que apresentam sintomas gripais, inclusive com a utilização de elevadores específicos.

Saiba mais em www.hcor.com.br/hcor-mais-seguro.

Redação

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