Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso e mais de 700 milhões, obesos. No Brasil, isso não é diferente. De acordo com o Ministério da Saúde, uma em cada cinco pessoas está acima do peso – e o crescimento da obesidade pode acarretar a prevalência de doenças sérias, como hipertensão arterial e diabetes.
Porém, uma nova ferramenta terapêutica contra a obesidade, antes combatida basicamente por meio de medicamentos, dietas, balão gástrico e cirurgias bariátricas, está disponível no CHN – Complexo Hospitalar de Niterói (RJ). A Overstitch – uma técnica recente no Brasil, que significa “costura sobre” – é o nome do dispositivo que, após acoplado ao aparelho de endoscopia, permite realizar uma sutura endoscópica no estômago, reduzindo o órgão em até 80%, sem necessidade de cirurgia.
O procedimento apresenta baixos índices de complicação, é menos invasivo em relação às técnicas convencionais e pode ser realizado em menos de uma hora. Segundo o gastroenterologista do CHN dr. Leonardo Tavares, o único médico habilitado a realizar o procedimento na Região Leste Fluminense, a nova técnica usa sutura endoscópica para costurar o estômago por dentro e apresenta vários benefícios para os pacientes.
“A obesidade é uma doença crônica, progressiva e com custos biopsicossociais. Apenas 2% da população dos obesos consegue realizar a cirurgia bariátrica. Logo, há muitas pessoas que podem ser beneficiadas com os métodos disponíveis no mercado. A sutura endoscópica no estômago, por exemplo, é um procedimento sem incisões cirúrgicas que pode levar de 40 a 60 minutos para ser feito. Ele possibilita que o paciente receba alta hospitalar no mesmo dia e volte à sua rotina três dias depois. O índice de perda é de 20% a 25% do peso corporal”, explica o médico.
A técnica também é realizada para revisão e correção de cirurgias bariátricas ou complicações, como o reganho de peso. “A Overstitch é indicada para pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) de 30 a 40 que já tentaram, sem sucesso, tratamentos clínicos com medicamentos, diversas dietas alimentares e balões gástricos e pacientes que queiram um tratamento mais efetivo na sustentação do peso”, enfatiza o médico.
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