Com gestão ambiental e consumo consciente, Pró-Saúde alcança economia de quase 30%

Em um ano marcado pela pandemia do novo Coronavírus, o mundo corporativo se viu diante de uma série de desafios. Todos precisaram se adaptar de forma imediata às novas regras de isolamento social, adotando o trabalho remoto e migrando para o meio digital. No setor de saúde, essa questão se tornou ainda mais desafiadora. Mas os efeitos dessa mudança, em alguns casos, produziram resultados interessantes.

Levantamento realizado pela Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, apontou uma redução significativa de consumo de alguns indicadores ambientais.

O estudo, que compara o primeiro trimestre de 2020 com o mesmo período de 2021, aponta uma economia financeira de 28% em itens como energia elétrica, água, copos descartáveis e papel, utilizados na sede administrativa da entidade, localizada em São Paulo.

A notícia chega às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. Neste ano, o tema proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a data é a Restauração de Ecossistemas. O assunto será abordado pela entidade em duas lives institucionais, que serão realizadas na próxima semana, nos dias 8 e 10.

Desde o início da pandemia, a Pró-Saúde adotou o trabalho remoto para funções administrativas em sua sede corporativa. “Somos um setor essencial neste cenário de pandemia”, explica Jefferson Alves, gerente Corporativo de Administração de Pessoal. “Gerenciamos unidades referência para Covid-19 em diferentes regiões do país e nosso ritmo de trabalho ficou ainda mais acelerado no último ano. Adotamos rodízio entre as equipes, mesclando trabalho remoto e presencial, para garantir a segurança de todos”, acrescenta.

Atuam na sede corporativa da Pró-Saúde cerca de 200 profissionais, porém, nos últimos 14 meses, a entidade manteve uma média de 60% de ocupação — salvo em março de 2021, quando esse percentual caiu para 20%, em decorrência do agravamento da crise sanitária.
Com parte das equipes atuando presencialmente, todas as salas continuaram em operação para manutenção do distanciamento social, com luzes e aparelhos de ar-condicionado em funcionamento. “Apesar da redução de pessoas, a estrutura necessária para a operação continuou quase a mesma, o que não evidenciava uma tendência de economia significativa. Mas conseguimos ajustar a situação para diminuir o consumo e despesa”, destaca Jefferson.

Resultados alcançados 

O item que apresentou a redução mais significativa foi o copo plástico, que teve a compra zerada. “Sempre estimulamos nossos colaboradores a utilizar copos e canecas individuais, para evitar o desperdício e reduzir a produção de lixo plástico. Já havia uma tendência de queda, mas, neste ano, conseguimos zerar a compra deste item”, ressalta Cristiane Malta, analista de Sustentabilidade da entidade.

A utilização de papel também resultou em queda de 66% no valor gasto. Cristiane relaciona esse resultado com as recorrentes campanhas realizadas sobre o tema e a migração de muitas ações para o meio digital. “Disponibilizamos mensalmente para os nossos colaboradores os indicadores ambientais com o consumo de papel. Essa comunicação recorrente teve um impacto positivo de conscientização, que foi ampliado pela adoção de sistemas que reúnem documentos de forma digital para acesso de todos, em qualquer lugar”, complementa.

Já o recurso financeiro direcionado para custos com energia elétrica teve redução de 31,7% no período, que podem ser associados a uma importante inovação: painéis solares para geração de energia, que já estão trazendo resultados. A média de consumo mensal em quilowatt-hora teve uma queda ainda mais expressiva, chegando a quase 46% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

Para se ter uma ideia, a economia de energia elétrica da entidade representa 170 horas de um chuveiro elétrico de 4500w ligado initerruptamente. “Com a instalação e funcionamento pleno dos painéis, vamos conseguir reduzir ainda mais o consumo de energia elétrica e, principalmente, manter esse resultado mesmo com a retomada total das atividades presenciais”, projeta a especialista.

No mesmo período, o consumo de água teve uma redução de 20,7% na sede. “Em decorrência da variação de tarifas, não houve economia financeira significativa com este item. Porém, o principal objetivo, que é a questão ambiental e a economia de recursos naturais, foi alcançado”, enfatiza a analista. Para efeito de comparação, a economia trimestral gerada pela Pró-Saúde é equivalente ao consumo diário de 327 pessoas.

Apesar da redução no fluxo de pessoas no local em decorrência da pandemia, a entidade também relaciona os bons resultados alcançados até o momento com um trabalho contínuo de conscientização, desenvolvimento de projetos ambientais e investimentos. “Com certeza estamos colhendo os frutos de uma gestão eficiente. Agora nosso desafio é manter o ritmo de redução de consumo desses itens e, para isso, seguiremos fortalecendo uma cultura organizacional mais sustentável”, destaca Jefferson Alves.

Gestão sustentável 

Na Pró-Saúde, a sustentabilidade é um dos pilares da gestão e faz parte da visão da instituição. Com presença em grandes centros urbanos e em regiões remotas do país, como em meio à floresta Amazônica, a entidade e suas unidades gerenciadas desenvolvem diversos projetos voltados para o tema, com foco na preservação ambiental, economia de recursos naturais, restauração dos ecossistemas e auxílio à comunidade local.

Entre as conquistas de destaque, está o prêmio o prêmio internacional ‘Health Care Climate Challenge‘, conquistado pelo Hospital Público Estadual Galileu (PA), em 2019. A unidade foi uma das cinco instituições nacionais vencedoras do Desafio do Clima pela Rede Global de Hospitais Verdes e Saudáveis, além de ser reconhecida na categoria de Redução de Gases do Efeito Estufa (não energia), entre 117 unidades de saúde em todo o mundo. As unidades conquistaram ainda, ao longo dos anos, outros reconhecimentos importantes, como o prêmio Amigo do Meio Ambiente e o Selo Green Kitchen, entre outros.

Redação

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