O fato de o Brasil estar próximo de atingir 1,9 milhão de infectados pela Covid-19 e registrar mais de 72 mil mortes, no momento de flexibilização da quarentena em quase todo o país, reforça o alerta de especialistas da área de saúde quanto ao risco da pandemia seguir um ritmo galopante se não houver uma testagem em massa para isolar os contaminados, principalmente considerando o grande número de pessoas assintomáticas que podem estar transmitindo o vírus.
“A contaminação por assintomáticos é uma realidade. Como muitas pessoas acham que não são transmissoras, pois não têm sintomas, isto pode ser um sinal verde para que assintomáticos relaxem quanto à prevenção e contribuam para que a pandemia siga em ritmo galopante, principalmente no momento em que o país está próximo de atingir 1,9 milhão contaminados e mais de 72 mil mortes”, alerta a biomédica Dra. Alexandra Reis, Ph.D. em vírus respiratórios pela USP, pós-doutorada em Biologia Molecular e Diretora Científica da Testes Moleculares, que realiza testes em massa pelo método PCR.
Ela lembra que, segundo publicações científicas, até 41% da população podem estar infectados e são assintomáticos. “Por isso é fundamental a testagem em massa, e pelo método PCR, para que seja possível identificar as pessoas portadoras do vírus e isolá-las, pois esta é a única forma do país ter um controle epidemiológico”, defende a Diretora Científica da Testes Moleculares. O método PCR, destaca a Dra. Alexandra, é o único que identifica quem de fato está com o vírus ativo e é potencial transmissor, e permite detectar a contaminação desde o primeiro dia, mesmo em casos assintomáticos, dependendo da carga viral. “Desta forma, é possível criar uma estratégia de isolamento efetiva e ter o controle da contaminação pelo SARS-CoV-2.”
Contudo, o Brasil ainda testa muito pouco a sua população, comparado a outros países. Um agravante, é o de que o governo realizou apenas 20% da meta de testagem pelo método PCR, mostrando uma grande dificuldade do país em atingir a meta de testar, por esse método, 22% da população – o equivalente a 24 milhões de pessoas. Desta forma, fica comprometido o diagnóstico sobre as áreas de maior concentração de pessoas contaminadas e sobre a velocidade de expansão da infecção, impedindo, consequentemente, a implementação de estratégias eficazes de controle da pandemia.
Outra preocupação é com o surgimento de inúmeros testes atualmente no mercado, cuja eficácia é duvidosa. “Já existem outros testes de biologia molecular aplicados para o diagnóstico molecular dos Sars-CoV-2, como a PCR LAMP, porém com poucos trabalhos científicos que referenciem sua eficácia, sendo que a especificidade desses testes tem se situado, ainda, no máximo em 80%”, observa.
O teste aplicado pela Testes Moleculares é um PCR em tempo real, de alta sensibilidade e especificidade, que apresenta quase 100% de eficiência nos resultados, sem risco de falsos negativos e positivos. A maioria dos testes de PCR em tempo real usa os protocolos recomendados pelo CDC, dos EUA, ou pelo Charite, de Berlim.
A Testes Moleculares está à frente do maior programa de testagem em massa pelo método PCR molecular em andamento hoje no Brasil, realizado no município de Parauapebas, no Pará. Nesse município, a empresa já testou cerca de 20 mil pessoas, e a previsão é testar 50% da população.
O modelo de atuação da Testes Moleculares tem potencial para realizar mais de 100 mil testes por dia, de acordo com cronograma de montagem e entrega das unidades, em qualquer região do país, e com divulgação de resultados por meio de aplicativo. É a única empresa no Brasil com essa capacidade para testes em massa pela metodologia PCR molecular.