Como a vigilância de sintomas pelo médico intensivista pode reverter alterações súbitas no paciente

Dra. Daniela Lutti, pediatra, especialista em neonatologia e mestre em Medicina Pediátrica do IBCC Oncologia. Foto: ACS IBCC

Quanto mais avanços na ciência em relação às novas técnicas terapêuticas e de novas medicações para o controle do câncer, mais investimentos acontecem na monitorização e no controle das possíveis complicações provenientes das novas terapias, como são as toxicidades, ou seja, o grau de danos neurológicos, cardiopulmonares, hepáticos, renais, da medula óssea e metabólica que demandam assistência numa unidade de tratamento intensivo.

De acordo com a dra. Daniela Lutti, pediatra, especialista em neonatologia e mestre em Medicina Pediátrica do IBCC Oncologia, em relação às toxicidades orgânicas, ou seja, de origem neurológica, cardiopulmonar, hepática e renal na assistência intensiva, a ampliação do conhecimento e familiarização com o uso destas novas técnicas e medicações, através da observação e do fornecimento de cuidados junto ao paciente é possível antecipar o surgimento destas lesões.

“Por meio da vigilância dos sinais e sintomas que precedem à disfunção orgânica, podemos aplicar medidas para reverter tais alterações quando já estejam instaladas. Os avanços nos cuidados intensivos permitem a mais pronta e eficiente recuperação do paciente, que pode apresentar alterações tão súbitas e potentes em seu equilíbrio que ameaçam a vida, como é o caso das arritmias cardíacas, choque anafilático – ou alérgico – quadros convulsivos ou alterações respiratórias”, destaca.

É papel do médico intensivista, tanto na assistência adulta ou pediátrica, trabalhar ao lado do paciente. “Identificamos potenciais riscos à sua integridade, sejam originados na doença específica ou no planejamento terapêutico, depois disponibilizamos os recursos necessários e suficientes tanto para a detecção precoce de alterações potencialmente ameaçadoras à saúde como para promover o controle da situação o mais precocemente possível, retornando o paciente à estabilidade. Além disso, precisamos interagir com informações para a própria equipe multidisciplinar que, desta forma, poderá mais claramente conhecer os fatos, avaliá-los, rever a terapia e indicar a melhor direção a se tomar para que se obtenha o êxito no tratamento do paciente com câncer”, complementa a pediatra.

Dentro da equipe multidisciplinar, seja para o paciente adulto ou pediátrico, cada profissional envolvido controla e responsabiliza-se por etapas específicas da terapia, conseguindo tornar tais eficaz, eficiente e mais seguro o tratamento, beneficiando diretamente o paciente.

Redação

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