Com uma prevalência média de 38% na população geral brasileira, de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), as varizes são responsáveis por muitas queixas relacionadas ao incômodo estético e aos sintomas causados. Outra questão, é referente a eficácia dos tratamentos, sendo a maior dor de homens e mulheres aquela velha história de que as varizes vão voltar, mesmo depois de tratadas. Acontece que a angiologia evoluiu, e hoje o uso de tecnologia permite uma eficácia maior, tanto no diagnóstico quanto no tratamento.
De acordo com a Dra. Helen Pessoni, especialista em Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, hoje a tecnologia faz com que o tratamento de varizes seja realmente eficaz. “Com os antigos métodos, sem uso de tecnologia, não conseguíamos abranger toda a complexidade dos vasos. A forma de diagnóstico evoluiu muito, agora temos a mão não só o tradicional aparelho para realização de Eco Doppler, que olha internamente a circulação e mostra como a saúde circulatória está, mas também aparelhos que realizam um mapeamento externo mais preciso. O Doppler analisa os vasos grandes, safenas, trombose, conexões com as varizes externas, tudo na hora, podendo ser realizado no momento da consulta, algo que no passado demandava ao paciente ir até um laboratório para realizar o exame”, explica a angiologista.
A mudança e agilidade no diagnóstico já mudou muito o processo, mas o uso de tecnologia não para por aí. “Antigamente só se fazia o exame físico, agora conseguimos mapear as veias usando a tecnologia. Através de um aparelho de realidade aumentada, é possível ver veias que não eram visualizadas nem a olho nu e nem com o Doppler. Outra tecnologia para o diagnóstico que temos agora é o mapeamento com luz de LED, que pode analisar veias até 1 cm abaixo da pele, sendo auxiliar também na hora do tratamento. Assim, juntamos a informação interna, que é a saúde vascular em si, e a externa, que está relacionada ao incômodo estético do paciente, para um diagnóstico completo. Com isso, sabemos exatamente quais veias são necessárias tratar, o que está sendo alimentado pelo o quê e como está funcionando a hemodinâmica circulatória da perna desta pessoa, e assim, partir para um planejamento de tratamento, que também irá envolver tecnologia”, completa a Dra Helen.
A médica revela que por meio dos avanços tecnológicos na angiologia, atualmente é possível reduzir em até 80% a necessidade de cirurgia para o tratamento de varizes. “As veias externas tem vários calibres, e antes eram tratadas de forma cirúrgica, fazia-se pequenas incisões para retirar essas veias alteradas. Hoje, combinamos tecnologias para tratá-las sem cirurgia, por meio da união do uso de espuma densa e laser, ou da escleroterapia e laser transdérmico. Com o laser, é possível potencializar o efeito do tratamento e cuidar de vasos que antes nem se via, já que essa tecnologia consegue alcançar uma profundidade maior na pele, o que traz mais eficiência e durabilidade para o tratamento também”, revela a Dra Helen.
No que diz respeito às veias internas ou de grosso calibre, também houve uma evolução nas técnicas. “Com anestesia local e um furinho na pele, introduzimos uma fibra de endolaser para solucionar o problema. Essa fibra realiza o fechamento das varizes maiores e da veia safena, sendo possível tratar e resolver todo o caso do paciente no mesmo dia. Dessa forma, a recuperação é muito mais rápida, e ele já consegue exercer suas atividades normalmente em poucos dias, diferente dos casos cirúrgicos tradicionais, em que eram necessários de 30 a 40 dias de recuperação no período pós-operatório. A tecnologia minimizou o processo, tornou menos invasivo e trouxe maior eficácia para o tratamento de varizes”, enfatiza a angiologista.
Para Dra Helen, não é possível realizar tratamentos atualmente sem tecnologia, uma vez que, por meio dela, consegue identificar melhor as varizes, tratá-las com mais eficácia e ter uma durabilidade dos resultados maior. O Brasil é referência em tratamento de varizes, e todas as tecnologias que a Dra. Helen utiliza em sua clínica, são as melhores que existem no mundo, e as mesmas que são usadas lá fora. “Se um paciente quiser sair daqui do Brasil para ir tratar as varizes nos EUA ou na Europa, ele vai encontrar a mesma tecnologia que os angiologistas mais atualizados utilizam por aqui. Isso traz uma maior confiabilidade para o paciente, ao saber que o mercado local já tem o que há de melhor em tecnologia para trazer excelência e eficácia no tratamento de varizes”, finaliza.