Coronavírus: Exame é capaz de detectar variantes conhecidas e desconhecidas

A Dasa, maior rede integrada de saúde do Brasil, disponibiliza em todas suas unidades o Exame de Sequenciamento de Variantes da Covid-19, que é capaz de identificar não apenas as variantes mais conhecidas do SARS-CoV-2 (Alfa, Beta, Gama, Delta),  mas também variantes ainda não conhecidas.

Não se trata de um teste de diagnóstico, mas de uma ferramenta para incrementar o conhecimento sobre o impacto das variantes na saúde individual e coletiva, e com isso, tomar decisões assertivas na conduta clínica e no reforço das medidas não-farmacológicas, como o isolamento. É crucial, também, na avaliação dos casos de reinfecção.

“O exame identifica por qual variante o paciente está infectado, entre as variantes de preocupação e de interesse, além de ser capaz de identificar alguma variante ainda não mapeada, se for o caso. Ele é recomendado para indivíduos com diagnóstico positivo do SARS-COV-2, por exame de RT-PCR, ou RT-LAMP ou antígeno há menos de 10 dias”, explica o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana.

O que ainda não sabemos sobre as variantes?

O surgimento de variantes ocorre naturalmente na replicação dos vírus. Algumas modificações não conferem vantagens biológicas e desaparecem. Contudo, outras mutações trazem benefícios biológicos para os vírus e tendem a se manter em circulação. “Essas vantagens se traduzem em preocupação para nós, já que conferem maior transmissibilidade, maior patogenicidade ou escape da resposta imune”, comenta Campana. Em outubro de 2021, as variantes mais incidentes são: Gama, Delta, e a P.1.7, uma evolução da Gama.

Como solicitar o exame?

De posse do pedido médico, basta o paciente entrar em contato por telefone ou pelo NAV, a plataforma de atendimento digital da Dasa, e agendar a realização do exame em qualquer laboratório da rede. Para quem já realizou o exame de diagnóstico na Dasa anteriormente, basta solicitar o uso da amostra anterior de RT-PCR ou RT-LAMP. Já quem realizou o teste de diagnóstico em outro local, é necessário uma nova coleta de saliva ou por meio de swab de nasofaringe (‘exame do cotonete’). O resultado sai em até 96 horas após o exame.

O que são Variantes de Interesse e Variantes de Preocupação?

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), as variantes podem ser classificadas em Variantes de Preocupação (VOC) e Variantes de Interesse (VOI). As VOCs hoje reconhecidas são as Alfa, Beta, Gama e Delta, originadas no Reino Unido, África do Sul, Brasil e Índia, respectivamente. Elas apresentam características que acarretam maior transmissibilidade, maior patogenicidade ou escape da resposta imune. Já as VOIs são as variantes que são observadas de perto, mas ainda não ganharam o status de alarmantes como a Um, originária da Colômbia e a Lamba do Peru.

Mapeamento de variantes

Nesse contexto, o mapeamento de variantes realizado pela Dasa com o projeto Genové outra medida não farmacológica que colabora com o entendimento da evolução do vírus do Brasil. Nas últimas análises realizadas pelo projeto, a variante Gama-plus (P681H) uma mutação adicional associada a uma modificação importante na função biológica da variante Gama (P.1) do SARS-CoV-2 têm crescido no país.

A denominação ‘plus’ tem sido utilizada consensualmente em todo o mundo pela comunidade científica para nomear mutações em posições relevantes do genoma do vírus, a exemplo do que acontece com a Alpha-plus, Delta-plus. No total, já são 201 amostras positivas para Gama-plus, do total de 2.282 amostras já sequenciadas pelo projeto.

Redação

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