Com toda classe científica focada no desenvolvimento da pandemia e do antídoto para a Covid-19, novas adversidades foram identificadas no combate da doença. Entre os processos de teste das vacinas e de como o vírus agia em cada organismo, diversos grupos sociais receberam restrições e foram estimulados a redobrar os cuidados. Na lista do Ministério da Saúde, a Síndrome de Down, distúrbio genético que causa atrasos de desenvolvimento e intelectuais, é uma das condições consideradas de risco devido a propensão dessa população a contrair infecções.
O primeiro paciente com a condição e diagnosticado com Covid-19 a receber alta no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), em Jundiaí (SP), foi o Camilo de Souza, de 30 anos. Após 13 dias hospitalizado, a relação do paciente com a equipe evoluiu para uma linda amizade e a despedida de “Camilinho”, carinhosamente apelidado pelos profissionais da enfermaria VI, foi cheia de emoção.
“A alta do paciente foi no último sábado, dia 29 de janeiro. Ficamos extremamente felizes pela recuperação do Camilinho. Ver o sorriso dele novamente foi o que nos deu a certeza de que conseguimos o nosso objetivo maior e salvamos mais uma vida”, contam a supervisora de enfermagem, Priscila Batistela e a médica responsável pela unidade, Dra. Luciana Polli.
A Mônica Cristina de Souza Esponchiaro, é irmã do Camilo e conta que apesar do período difícil a fé nunca os abandonou. “Foi um processo muito complicado para todos nós, mas principalmente para minha mãe, já que eles moram juntos e o Camilo depende muito dela. Ficamos apreensivos, com muitas dúvidas e incertezas, mas enfrentamos isso com muita fé e esperança. Ele ainda está fazendo uso de oxigênio em casa, mas está se recuperando muito bem. Não temos o que dizer do HSV, sempre fomos tratados com carinho. Recebemos uma mensagem da equipe perguntando dele, dizendo que estavam com saudade. Foi uma atitude muito bacana”.