Covid-19: Saúde emocional do colaborador e disseminação de boas práticas são as principais preocupações das instituições

Cuidar de quem cuida de nós. Em meio a tempos de mudanças e situações de intenso stress, como as enfrentadas por profissionais da linha de frente no combate ao Coronavírus, o equilíbrio emocional dos colaboradores se tornou um dos desafios das instituições hospitalares. Esse foi um dos assuntos de destaque na quarta edição do Anahp Ao Vivo, evento online promovido na noite de quinta-feira (2).

Com o tema “Como a Covid-19 tem afetado a relação entre instituições e colaboradores na linha de frente”, o debate contou com a presença de representantes de diversas empresas ligadas ao setor de saúde e empresa de facilities, promovendo uma visão 360º sobre a nova dinâmica de profissionais que não podem parar durante a pandemia.

Com a mediação de Eduardo Amaro, presidente do Conselho da Anahp e do Hospital e Maternidade Santa Joana, os participantes foram enfáticos ao citarem a valorização dos cuidados com a saúde emocional, apresentando programas de apoio com foco no acolhimento aos colaboradores. Além disso, a disseminação de melhores práticas de enfrentamento ao Coronavírus também foi apontada como importante ferramenta das áreas de RH em tempos de pandemia.

Trazendo o olhar terapêutico sobre saúde mental, a psicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Angélica Cardoso Martins, destacou que comportamentos como tensão, medo de transmitir o vírus para a família e a impotência perante os casos mais graves foram observados nas equipes de linha de frente. “Estamos atuando com atividades online e presenciais, para que os profissionais consigam encarar todo esse processo de uma forma mais serena”.

A empatia nunca foi tão importante nas relações interpessoais, e nos postos de trabalho de profissionais da área da saúde, ela se torna ainda mais fundamental. Para quem está acostumado a cuidar do próximo, o momento é de receber cuidado.

Reforçando essa ideia, o superintendente de Práticas Assistenciais do Hospital Sírio-Libanês, Luiz Francisco Cardoso, falou sobre as ações tomadas pela instituição. “Criamos o Programa Cuidando de Quem Cuida, que acompanha os colaboradores positivados e com suspeita da doença”, destacou. Além do suporte psicológico, outro ponto abordado durante o debate foi proporcionar a segurança técnica e material para a rotina de trabalho.

Representando uma das principais entidades de Recursos Humanos do país, Guilherme Cavalieri, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e superintendente de RH do A.C.Camargo Cancer, frisou a importância das campanhas de boas práticas ao longo dos próximos meses e a fiscalização para assegurar o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para todos os funcionários.

Novas condutas, cuidados, protocolos, insegurança… Em um mundo com diversas transformações, os profissionais de saúde têm mostrado a importância de suas atuações em meio a pandemia. Pessoas que acima de qualquer adversidade, lutam diariamente para salvar vidas!

Redação

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