O pedido de quebra dos sigilos bancário e fiscal foi apresentado pelo presidente da CPI, deputado Edmir Chedid (DEM).
Durante a reunião, foi aprovado ainda um segundo requerimento, de autoria da deputada Janaína Paschoal (PSL), para que a medida atinja também todos os dirigentes e conselheiros da entidade.
“O Iabas está envolvido em graves denúncias de desvio de recursos públicos e corrupção no Estado do Rio de Janeiro, já durante a pandemia. Isso reforça a necessidade de investigação dos contratos firmados em São Paulo”, afirmou o presidente da CPI.
“Além disso, os depoimentos prestados pelos dirigentes da OS na semana passada trouxeram novos elementos que justificam essa medida.”
O contrato do Anhembi
O IABAS atuou no hospital de campanha de 03 de abril a 31 de julho, recebendo R$ 71,394 milhões.
A unidade – mantida com recursos da prefeitura e do Estado – segue funcionando, mas com apenas 310 dos 871 leitos iniciais. As vagas remanescentes são de responsabilidade da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), que já dividia com o IABAS a gestão do local.
O instituto mantém contratos anteriores com a prefeitura para administrar postos de saúde na região central e na zona norte da capital. Foi destas unidades que a OS tirou médicos para cobrir postos vagos no hospital de campanha.
“O próprio presidente da entidade admitiu práticas que levantam suspeitas sobre um possível pagamento em duplicidade. Se o IABAS retirou médicos das UBSs para cobrir vagas no hospital de campanha, um desconto proporcional deveria ser dado. Seria o mínimo”, disse o presidente da CPI.
Pente-fino
Agora, o pedido de quebra de sigilo será encaminhado ao Banco Central, que deverá mapear os dados e repassar à CPI – ainda não há prazo para que esse levantamento seja concluído. De posse das informações, os deputados poderão definir novos encaminhamentos.
A CPI volta a se reunir na próxima quarta-feira (9), a partir das 10h. O encontro terá transmissão ao vivo pelo canal da Rede Alesp no YouTube.