Criança de três anos passa a falar e andar após cirurgia de epilepsia

De acordo com alguns estudos a epilepsia afeta cerca de cinco a dez crianças a cada 1000 e suas causas podem ir desde infeções, traumas, prematuridade, genética mal formação do sistema nervoso central.

Considerada uma doença neurológica, a epilepsia produz  várias descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro, causando além do desconforto, dificuldade no desenvolvimento cognitivo da criança. Pode ser identificado a partir do quadro clínico de exames como o eletroencefalograma (ESG) que define o local exato onde ocorrem a crise, podendo assim ser definido qual o melhor tratamento e se a criança é elegível para a cirurgia.

E foi dessa forma que a pequena Heloisa Cardoso Máximo, 3 anos, que tinha crises de epilepsia desde os sete meses de vida, sendo que nesse período, chegou a ter mais de 60 crises por dia, chegou ao Sabará Hospital Infantil.

“As crises da Heloisa não foram controladas com medicamentos. Quando ela foi internada aqui, no Sabará, ela já estava em um tratamento com quatro remédios. Por isso, decidimos realizar os exames mais uma vez, até entender de onde vinham as crises”, explicou o coordenador de Neurologia do Sabará Hospital Infantil, Dr. Carlos Takeushi.

E após repetí-los foi possível detectar que ela tinha uma mal formação chamada de displasia cortical, o que possibilitava tratar com uma cirurgia.

“A primeira atitude que tivemos foi detectar o local exato da lesão. Para isso, além da eletrocortegrafia na superfície do cérebro, realizamos o eletro contíno mapeado, conseguindo identificar o local exato onde as crises aconteciam”, explica o neurocirurgião pediátrico do Sabará Hospital Infantil Dr José Erasmo Dal Col Lucio.

“Essa é uma cirurgia de alta complexidade e para que ela acontecesse de maneira precisa e eficaz era necessário confirmar se a área que estava lesionada poderia ser retirada de maneira a não prejudicar as funções motoras e que não haveria riscos na retirada dessa lesão para a criança”, explica dr. Takeuchi.

Para que haja total segurança para o paciente, o Sabará oferece um acompanhamento antes, durante e após a cirurgia. “Essa é uma técnica em que poucos hospitais oferecem, porque é preciso dispor de toda uma infraestutura tanto de equipamentos e quanto de profisisonais, algo que temos por excelência, por se tratar de um Hospital exclusivamente pediátrico”, afirma Dr. Takeuchi.

Em novembro, Heloisa realizou as duas cirurgias necessárias para  o tratamento da epilepsia focal e o resultado foi melhor que o esperado. “Para Heloísa esse foi o melhor tratamento, já que a lesão causadora da epilepsia era localizada e as crises sem controle estavam interferindo diretamente no seu desenvolvimento motor e neurológico”, explica dr. Erasmo.

“Sabemos que nem todos os casos são cirúrgicos, mas, se o paciente não melhora com medicamentos, é importante investigarmos de forma aprofundada e insistente, se há alguma maneira de cessar ou ao menos, diminuir essas crises. A chave do sucesso da cirurgia é a  insistência na investigação por meio de exames. E quando um hospital te oferece todos os recursos necessários para a consolidação de uma suspeita, nos deixa bastante tranquilos e confiantes no diagnóstico preciso e eficaz”, afirma o neuropediatra.

Atualmente, Heloisa teve uma progressão positiva supreendente. Após um mês da cirurgia ela já está andando e convesando, situações que antes, eram impensáveis.

“Minha pequena já está em casa após 1 mês de internação, sem crises. Graças a Deus está super bem se recuperando super bem do pós operatório, obrigada a todos que orou por ela porque agora, é só motivos para agradecer a Deus por esse milagre por essa vida nova. Graças a Deus e a todos os profissionais maravilhosos do hospital Sabará. Quero agradecer do fundo do meu coração ao Hospital infantil Sabará e aos médicos maravilhosos que sempre cuidou muito bem da Heloisa com todo amor, carinho e muita dedicação Dr Carlos Augusto Takeuchi e Dr José Erasmo Dal Col Lucio”, agradece a avó.

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.