Cuidados com a saúde e bem-estar motivam a formação em Enfermagem

Segundo dados divulgados em abril, pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Santa Catarina possui 15.570 enfermeiros com registros ativos. No Brasil, eles são 565.458 graduados em Enfermagem. Se considerados os auxiliares, técnicos e obstetrizes, somados aos enfermeiros, totalizam mais de 2 milhões de profissionais atuantes no país. Em meio à pandemia de Covid-19, fica ainda mais evidente a importância da atividade milenar. Neste 12 de maio, Dia Mundial da Enfermagem, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) homenageia a categoria e traz histórias de alumni (egressas), professores e de uma aluna, com trajetórias distintas, mas que possuem algo em comum: ingressaram na profissão motivadas pelo desejo de cuidar das pessoas e prezar pelo bem-estar integral delas.

Desde 1994, Mectilde Lambert, enfermeira formada na Univali, é coordenadora de transplante de medula óssea no programa HealthSystem, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Mesmo com experiência, a profissional fala que é necessário estar sempre atenta aos novos protocolos, pesquisas e técnicas. “A quantidade de novidades é enorme e constante, esse é o tempero do nosso trabalho, são os desafios que nos fazem crescer e buscar novas fronteiras”, opina. Nos Estados Unidos, de acordo com ela, os enfermeiros são muito respeitados e o enfrentamento da pandemia deu ainda mais visibilidade à classe. Para Mectilde, a demonstração de força, coragem, capacidade técnica e dedicação dos enfermeiros revelam um momento histórico mundial para a enfermagem. “ A Covid-19 é um desafio e um aprendizado. Tudo isso trará ainda mais respeito e admiração à nossa profissão, é um sacrifício admirável que merece valorização e reconhecimento”, aponta.

Encantada pelos relatos das atividades de sua irmã que fazia Enfermagem e por tudo que a atividade representa como profissão e como propósito, Sarah Lais Rocha também optou por cursar Enfermagem. Hoje, a enfermeira, graduada na Univali, acredita que a profissão a empoderou no sentindo de melhorar a qualidade de vida das pessoas e de formar outros profissionais enfermeiros. Ela é professora e coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Carajás, em Marabá (PA). A enfermagem, para ela, está ligada ao cuidado e, nesse momento de alto índice de adoecimento mundial, é fundamental que o cuidado  e a reabilitação sejam feitos com rigor científico e ética. Ela crê que os desafios gerados com o novo coronavírus trarão mudanças na área: “Com certeza não vamos sair dessa experiência da mesma maneira que entramos. Acredito em uma enfermagem fortalecida e mais unida. O crescimento da profissão com a experiência também está relacionado com a preparação de protocolos de assistência e gestão com evidências científicas”.

Já Thais Jéssica Sarmento Bomfin Ramos, é aluna do 9º período de Enfermagem da Univali. Atualmente, ela é bolsista de extensão do programa PET-Saúde Interprofissionalidade e faz estágio na Unidade Básica de Saúde Rio Bonito, em Itajaí (SC). “Foi a escolha mais sábia que fiz. A enfermagem é a principal mão de obra nos serviços de saúde, envolve anos de estudo, amor, cuidado e dedicação. Nossa profissão precisa ser mais valorizada e estamos mostrando ainda mais a nossa força e importância”, ressalta Thais. Suas vivências como estagiária e voluntária já lhe permitem acompanhar a realidade prática e avaliar o cenário do segmento.

“A minha profissão me alimenta fisicamente e emocionalmente todos os dias, amo o que faço e faço com muita dedicação. Desde a adolescência sempre gostei de cuidar das pessoas”, afirma Ivanda Teresinha Senger de Macedo, alumna (egressa) e professora do curso de Enfermagem da Univali. Ela é enfermeira no Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí (SC), e atua na área de saúde contando com outra categoria de enfermagem, há 32 anos. A docente ressalta que, apesar da profissão não ser valorizada como deveria, é fundamental nas práticas de prevenção, promoção e reabilitação, e consiste na única categoria profissional que está 24 horas junto ao paciente. Sobre os desafios e as perspectivas para a enfermagem, Ivanda pondera: “É preciso ter em mente que os desafios estão constantemente interligados à nossa profissão. Um dos maiores, neste momento, é o cuidado de si. Nosso olhar está voltado totalmente ao nosso paciente e a familiares. Acredito que a valorização chegará após o término desta pandemia”.

Curso de Enfermagem da Univali completa 40 anos de história

O curso de Enfermagem foi o primeiro da área da saúde da Univali e um dos pioneiros no Estado de Santa Catarina. A aula inaugural do curso ocorreu no dia 4 de agosto de 1980. O curso foi também precursor em atividades comunitárias e de extensão, que inicialmente surgiram para ajudar a população atingida pelas enchentes de 1983, e que posteriormente, tornaram-se atividades vinculadas ao ensino.

Neste período, A Univali já formou quase 2 mil enfermeiros. Além das atividades em sala de aula, os acadêmicos realizam estágios e contribuem em espaços de prática, nas Unidades de Saúde Básica da região, nas Unidades de Pronto Atendimento (24 horas), nos hospitais Pequeno Anjo, Marieta Konder Bornhausen e Ruth Cardoso, na vigilância epidemiológica, e em empresas da região, no setor de saúde ocupacional.

Saiba mais sobre o curso de enfermagem em www.univali.br/enfermagem.

Redação

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