Cuidados especiais para casos complexos: o papel da UTI

Dar suporte e tempo para que o paciente possa se recuperar. Essa é a missão dos profissionais que atuam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais, para os casos de Covid-19, no entendimento do intensivista e clínico geral Pierry Otaviano Barbosa. Por definição, a UTI é destinada ao acolhimento de casos mais graves, das mais diferentes enfermidades, que demandam monitoramento 24 horas e cuidados complexos. O desafio central, ali, é atingir a estabilidade e alta dos pacientes, de forma humanizada.

No contexto do novo coronavírus, a ocupação da UTI é acompanhada diariamente e funciona como termômetro da pandemia. “Com esse indicador, pode-se estimar o número de casos gerais e ter um melhor planejamento das vagas”, explica Pierry. No Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), onde trabalha o intensivista, 95% dos pacientes internados com suspeita ou confirmados de Covid-19 receberam alta, sendo que 32% passaram por cuidados intensivos na UTI. “Muitas pessoas vêm conseguindo superar a doença, e os números ajudam a diminuir a impressão negativa sobre estar na UTI”, frisa o médico. “Temos pacientes de menor gravidade nos setores de internação. De acordo com critérios baseados em protocolos,  os mais graves, que necessitem de suporte respiratório, ficam na UTI, quando necessário sedados e em ventilação mecânica, e seguem assim até ocorrer a melhora pulmonar.”

Redação

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