Curso de perimetria computadorizada é lançado durante Semana Mundial do Glaucoma

Dr. Vital Paulino Costa, professor e chefe do setor de glaucoma da UNICAMP e um dos mais renomados especialistas na área do Brasil oferece o Curso de Perimetria Computadorizada em parceria com a CARL ZEISS do Brasil, especialista em tecnologia voltada à visão. Com a parceria, a ZEISS reafirma seu compromisso em apoiar soluções inovadoras para a saúde dos olhos.

O lançamento acontece durante a Semana Mundial do Glaucoma, de 7 a 13 de março, e tem por objetivo oferecer a médicos oftalmologistas uma atualização dos conhecimentos sobre o glaucoma para uma interpretação precisa dos exames de campo visual, seus gráficos e índices, capacitando-os a identificar algum defeito causado pelo glaucoma, avaliar a progressão desse defeito, correlacionar os achados do campo visual com as alterações do disco óptico e do OCT, como também detectar artefatos que influenciam o resultado do exame.

Segundo Dr. Vital Paulino , “o curso é uma ferramenta de atualização importante para os profissionais, fundamental para auxiliar no diagnóstico e acompanhamento de várias doenças, especialmente o glaucoma”. Realizado na modalidade de ensino a distância, é composto por 10 módulos, onde são abordados todos os aspectos importantes da perimetria, dos conceitos básicos aos gráficos e índices globais, do diagnóstico à progressão. No final de cada módulo, o aluno passa por uma avaliação que mede o conhecimento adquirido.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o glaucoma deve atingir mais de 111 milhões de pessoas no mundo até 2040. De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em dezembro de 2019, há mais de 6,5 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência visual, deste total, 600 mil pessoas são cegas.

Glaucoma

O glaucoma é uma doença progressiva do Nervo Óptico, cujas lesões são causadas principalmente pelo aumento da pressão intraocular, levando ao comprometimento do campo visual. Em mais de 80% dos casos, se não for tratado, pode evoluir para perda total da visão. Segundo a OMS, 2,4 milhões de novos casos de glaucoma são registrados anualmente, o que totaliza 60 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma, a doença atinge pelo menos 1.2 milhão de pessoas acima dos 40 anos.

Tipo de glaucoma

Existem diversas formas de glaucoma, sendo que o mais comum é o ‘glaucoma primário de ângulo aberto’ (crônico), causado por uma alteração funcional na região do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso e aumenta a pressão intraocular. Já o ‘glaucoma primário de ângulo fechado’ pode ocorrer de forma aguda, quando a saída do humor aquoso é subitamente bloqueada, originando um aumento rápido, doloroso e grave na pressão intraocular.

O ‘glaucoma congênito’, como o nome já diz, é herdado geneticamente e pode se apresentar logo ao nascimento. Este tipo de glaucoma é raro e, se descoberto, deve ser tratado imediatamente. Outras formas de glaucoma, como os ‘glaucomas secundários’ costumam ser causados principalmente pelo uso de medicamentos, como corticosteroides, por traumas e por outras doenças oculares e sistêmicas, como as inflamações oculares graves.

Principais sintomas

Por ser uma doença assintomática em grande parte dos casos, a perda da visão só acontece em casos mais avançados da doença, comprometendo usualmente a visão periférica. Depois, o campo visual vai piorando progressivamente, podendo gerar uma visão tubular e, subsequentemente, cegueira se não for diagnosticada em tempo e tratada. Menos frequentemente, alguns outros sintomas apresentados acabam se confundindo com outras doenças oculares, por exemplo: dor grave e súbita em um olho, visão diminuída ou embaçada, náusea e vômito, olhos vermelhos, aumento de um olho ou de ambos os olhos (crianças), alta sensibilidade à luz, dentre outros.

Como é feito o diagnóstico

Somente o médico oftalmologista pode realizar o diagnóstico correto, por meio de exames de fundo de olho, medidas da pressão intraocular e detecção de outras alterações no nervo óptico, para então confirmar a doença.

Para um diagnóstico mais rápido, é importante realizar consultas regularmente com o oftalmologista. A partir dos 40 anos, os exames devem ser anuais, especialmente em pessoas que tem fatores de risco para glaucoma, como ser da raça negra, ter antecedentes familiares ou apresentar alta miopia (maior que 6 graus).

Tratamento

O tratamento indicado vai depender do tipo e de quão severo é o glaucoma. Por isso, diagnosticar a doença com precisão, bem como identificar rapidamente sua progressão é fundamental.

Nos casos de glaucoma de ângulo aberto, o tratamento mais comumente indicado é baseado no uso de colírios que reduzem a pressão intraocular. Já para o glaucoma de ângulo fechado, além do uso dos colírios, podem ser realizadas medicações por via oral ou endovenosa. Enquanto nos casos de glaucomas congênito e aqueles mais graves que não respondem ao tratamento medicamentoso, se faz necessário realizar procedimento cirúrgico.

Para auxiliar os oftalmologistas no diagnóstico e tratamento do paciente com glaucoma, a ZEISS desenvolve a plataforma ZEISS FORUM®️ Glaucoma Workplace, que permite o acompanhamento dos exames de campo visual e tomografia de coerência óptica (OCT), mostrando toda evolução no tratamento, com análise de estrutura e função. Ideal para o atendimento clínico, permitindo ao médico visualizar em uma única tela o estágio do glaucoma e eventual progressão da doença, possibilitando uma tomada de decisão rápida e segura.

Redação

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