Enquanto faz um exame de imagem em uma das 900 unidades laboratoriais da Dasa, especialista em medicina diagnóstica no Brasil e América Latina, o paciente pode ter seu exame analisado, em tempo real, por um outro especialista além do médico responsável pelo laudo do exame. Esse processo é aleatório, randomizado e realizado desde 2016 em até 10% dos exames de imagem da Dasa, com o objetivo de garantir a acurácia e segurança nos laudos dos exames.
Os dados gerados pela dupla checagem geraram uma inquietação e impuseram um desafio à Dasa: o que fazer com os indicadores? A empresa buscou inspiração em universidades americanas e implantou, de forma pioneira e exclusiva, o peer learning, ou aprendizado por pares. “Percebemos que a dupla checagem gerava indicadores e informações que poderiam ser transformadas em conhecimento para outros especialistas e criamos esse modelo de auditoria em tempo real (e não depois que sai o resultado), com feedback automático e que se configura como uma nova cultura de aprendizado baseada nos indicadores gerados pela dupla checagem”, explica Leonardo Vedolin, vice-presidente da área médica da Dasa.
Desde julho de 2020, a Dasa faz cerca de 1500 de exames de ressonância magnética e de tomografia computadorizada, por mês, no novo modelo. Vale ressaltar que o segundo especialista só avalia os exames e incorpora os feedbacks para que o médico responsável pelo laudo aprenda o mais rápido possível, tudo isso antes de emitir o resultado do exame.
Telemedicina para otimizar o aprendizado
Para fazer a análise em tempo real da qualidade dos exames de ultrassom, a Dasa inovou mais uma vez e implantou um projeto piloto com sistema de IoT em exames de ecocardiografia: processo inédito no Brasil, com o suporte da telemedicina. O segundo especialista olha o exame pela tela do computador e, em caso de dúvida, pode interagir pelo chat com o médico que está realizando o exame. A produção integrada envia, ainda, pontos de melhoria por e-mail e permite avaliar a evolução dos casos.
Desde julho de 2020, mais de 600 ecocardiografias foram realizadas com a dupla checagem. “A tecnologia propiciou uma interação ainda mais próxima das lideranças médicas com o restante do corpo clínico, além de acelerar o processo de aprendizagem na Instituição”, reitera Vedolin.
Sendo testado e implantado desde 2019, o modelo de aprendizado por pares se mostrou tão eficiente que está sendo expandido para os exames de patologia e de análises clínicas não automatizados. “Tínhamos o desafio de integrar e padronizar os laudos e transformar as informações em treinamentos e atualizações para o nosso corpo clínico formado por mais de 3000 médicos que realizam mais de 8MM de exames por ano em 900 unidades laboratoriais espalhadas pelo país”, completa Vedolin que ressalta ainda que o novo modelo de auditoria aumentou o engajamento e a satisfação do médico com a Dasa: o indicador GPTW teve um salto de 15 pontos percentuais.
Os cases do peer learning se transformam, ainda, em conteúdo do Dasa Educa, a plataforma online e 100% gratuita que disponibiliza aulas, cursos, palestras e podcast de educação médica. Lançada na pandemia, a iniciativa já abordou mais de 150 temas diferentes e atualizou mais de 36 mil profissionais de diferentes especialidades e regiões do país. “Geramos conteúdo a partir dos milhões de exames que realizamos e seus indicadores de qualidade. Com isso, promovemos capacitação dos especialistas sem depender de um médico treinando o outro; o aprendizado é feito com base em experiências reais de falhas corrigidas online, sem prejuízo para os pacientes” finaliza.