Dia do Anestesiologista homenageia profissional que não para de evoluir

Dr. Gabriel Redondano. Foto: Matheus Campos

O Dia do Anestesiologista é comemorado em 16 de outubro, data na qual, em 1846, foi documentada em Boston a primeira cirurgia realizada sob anestesia geral. O cirurgião John Collins Warren retirou um tumor cervical de um paciente de 17 anos, anestesiado com éter pelo dentista William Thomas Green Morton. No procedimento, Morton usou um inalador criado por ele mesmo. Logo sete meses depois, a primeira anestesia geral com éter no Brasil foi realizada pelo médico Roberto Jorge Haddock Lobo, no Hospital Militar do Rio de Janeiro.

Desde então, a anestesia (palavra de origem grega que significa “ausência de sensação”) não para de evoluir, tornando-se cada vez mais eficiente e segura. E isso acontece porque o procedimento vai muito além de “fazer dormir”, como muitas pessoas imaginam. “O anestesiologista é o médico que cuida do paciente antes, durante e depois de uma cirurgia. Ele verifica alergias e quais medicações toma, sempre pensando na maior segurança e conforto do paciente. Durante a cirurgia, além do ‘fazer dormir e acordar’, o anestesista fica todo o tempo junto ao paciente, garantindo um sono tranquilo e sem dor”, explica o Dr. Gabriel Redondano, diretor-presidente do GCA (Grupo Care Anestesia) e coordenador do Departamento de Anestesia do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP).

As atribuições do anestesiologista, conta o Dr. Redondano, não param por aí e envolvem aspectos muito importantes de um procedimento cirúrgico. “É o anestesiologista que vai diagnosticar e tratar qualquer complicação cardíaca (infarto, arritmia, alteração da pressão arterial), pulmonar, dos rins, alérgica (choque anafilático) e até do cérebro. É esse apoio que permite a realização de cirurgias de altíssima complexidade com toda a segurança, ajudando a controlar sangramentos e proporcionando um pós-operatório isento de dor, náuseas e vômitos, tremores e outros desconfortos”, afirma.

É justamente por ter tantas atribuições que o anestesista não é, por exemplo, substituído pelo próprio cirurgião. Esse profissional se aprofunda nos estudos de farmacologia, tanto para escolher os melhores anestésicos para cada paciente, como também para entender as interações destes anestésicos com as medicações ministradas.

O anestesiologista precisa ter conhecimento clínico em diversas especialidades, já que durante uma cirurgia pode fazer a função de vários profissionais (cardiologista, intensivista, pneumologista e nefrologista, entre outros) e também realizar pequenos procedimentos cirúrgicos.

Para assumir tantas responsabilidades, o anestesista precisa fazer a faculdade de medicina (seis anos) e depois a residência em anestesiologia, o que exige mais três anos de estudos. “Esses nove anos, na verdade, são apenas o começo, já que há necessidade de diversos cursos de especialização, pós-graduações e participação em inúmeros congressos para constante atualização. Os ciclos são cada vez mais curtos e as verdades não são absolutas. A todo momento surgem novos monitores, novos anestésicos e técnicas diferentes. Devemos estar atualizados para oferecer sempre o melhor aos pacientes e cirurgiões”, completa o Dr. Gabriel Redondano.

Todos esses anos de dedicação não deram ao diretor-presidente do Grupo Care Anestesia apenas a realização profissional. No caso dele, ser médico era um sonho de infância. “Desde criança sabia que ia ser médico e cada dia me apaixono mais por essa profissão”, afirma. “A especialidade une procedimentos que exigem habilidade manual, além de enxergar o paciente como um todo, sendo necessário o conhecimento de praticamente todas as áreas da medicina. E encaro a anestesiologia como uma carreira transformadora, propiciando curas, aliviando sofrimentos e salvando vidas. É uma profissão maravilhosa, como um sacerdócio, com deveres éticos, morais, humanos e científicos”, enfatiza.

Cada vez mais segura, a anestesia evoluiu demais nestes 175 anos, mas o caminho a ser percorrido por profissionais da área ainda é muito longo. “Tento me capacitar e atualizar em todas as frentes. As certificações e acreditações em anestesia, que busco incessantemente, não são para promoção ou satisfação de ego, mas sim para garantir a melhor prática anestésica, mitigando riscos e alcançando os melhores desfechos. Hoje temos um time de ponta no GCA, uma seleção de anestesistas empenhados e capacitados para prover o melhor resultado aos nossos pacientes”, afirma o Dr. Gabriel Redondano.

Redação

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