O câncer de mama é um dos tipos mais frequentes entre as mulheres brasileiras, ficando atrás apenas do câncer de pele. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a previsão para 2022 é de 66 mil novos casos. A campanha Outubro Rosa existe desde os anos 1990 e tem como principal objetivo a conscientização e a prevenção desse tipo de doença. A boa notícia é que se descoberto em estágio inicial, os índices de cura podem chegar a 95%.
O primeiro recurso para a descoberta de um possível câncer na mama é o autoexame, prática muito reforçada durante o Outubro Rosa e que, segundo a médica e diretora-técnica da True Auditoria, Camila Rodrigues, pode e deve ser ainda mais ampliada. “A explicação sobre o autoexame é essencial. Muitas mulheres não têm essa informação ou não sabem fazer de forma correta, por isso é muito importante falarmos cada vez mais sobre esse assunto. Esses dias tive conhecimento de uma campanha exposta em banheiros femininos, explicando como fazer o exame e a identificar os estágios. É uma ideia fantástica que precisa ser expandida”, explica.
De acordo com Camila, o desenvolvimento da doença é multifatorial e leva em consideração fatores externos e internos, como exposição à radiação prolongada, fator hormonal, ingestão de alimentos com altos índices hormonais, menstruação precoce, menopausa tardia, obesidade, entre outros. “Diferente do que a maioria das pessoas pensam, apenas de 5 a 10% dos casos estão ligados à histórico genético. O câncer de mama tem diversas causas, por isso a importância do acompanhamento médico desde a primeira menstruação e de exames específicos, como a mamografia, a partir dos 40 anos”, explica.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a mamografia para pessoas acima dos 50 anos, mas, as operadoras de saúde e demais sociedades brasileiras, como a de Ginecologia e Obstetrícia e a de Mastologia, orientam para a prática desse exame a partir dos 40 anos. “Os planos de saúde cobrem esse procedimento para mulheres acima dos 40 anos. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de êxito nos tratamentos. Em estágio inicial, o câncer de mama tem 95% de chances de cura. Em estágios mais avançados, esse percentual cai para 50%”.
A Dra. Camila Rodrigues explica mais sobre a doença, os tratamentos disponíveis e os mitos relacionados ao câncer de mama no podcast especial Outubro Rosa. Ouça agora mesmo no canal da True no Spotify: open.spotify.com/episode/1Sw3HlyxHXrAO0ow4jieFm?si=mJea1_koTqWFlP6mejkSvQ&nd=1